Como posso preencher este vazio,
Que agora teima a me afligir?
Como posso vencer sem brio,
Aqueles que desandam de mim a rir?
Pessoas existem que não nos merecem,
Fato verdadeiro, costumeiro,
Há porém também aquelas que sempre sorriem,
A nos encontrar calmo e faceiro.
Sorrateiro somos todos nós,
Em dado momento desta vida,
Principalmente quando a sós,
Ficamos a procurar o que nos esvazia.
Vidas vazias é só o que temos por ora,
Só não sabemos como torná-las cheias,
Sabemos só que o necessitamos sem demora,
Pra poder tirar nossas vidas das ameias.
Nas ameias do castelo vazio estamos agora,
Quero encher minha vida com o mesmo vigor,
Este mesmo vigor que já tive outrora,
Este mesmo que me fora imposto a rigor.
Só não sei no entanto, qual o proceder,
Para este vazio existencial que tenho agora,
Quero de novo minha vida preencher,
E mandar minha atual tristeza embora.
Se alguém souber como procedo,
Favor me redija uma epístola,
Para receber-te, construo logo cedo,
Da mais hábil mão a cara edícula.
Espero ansioso por uma carta,
Me ensinando o proceder desta feita,
Deve ser coisa bem farta,
Pra me livrar desta maleita.
Espero em vão somente agora,
Espero tua carta sem demora,
Quero que esta venha com a aurora,
E que venha sem o vazio de outrora.
Esta poesia findo agora,
Aguardo apenas o raiar da aurora,
Amanhecer sublime, venha sem demora,
Acabe com o vazio que em mim vigora.
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