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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Carta aberta aos serviços globo.com

Estou deveras decepcionado com a globo.com pois esta não nos permite trabalhar com e-mails. Há cerca de um mês atrás, perdi meu DNS e estava encontrando dificuldades para recuperá-lo. A Vivo Telefônica, que me fornece o sinal Speedy (Wi-Fi), não quis me devolver o mesmo DNS e alegou que o problema era o tal provedor de acesso. Criei então um globomail free para mim (hamelin@globomail.com). Quando foi ontem à noite, entrei normalmente na conta de email como costumo fazer com todos os endereços que possuo na internet. Escrevi um e-mail e digitei o endereço do destinatário. Ao clicar em enviar, fui redirecionado a uma página onde tive de digitar um código captcha. Ao ser este digitado, me apareceu de imediato uma mensagem de erro alegando um suposto erro de servidor. Agora de tarde ainda não estava conseguindo entrar, apesar de no chat todas as atendentes terem afirmado que o site não anda apresentando problema algum. Já cansado, resolvi criar uma segunda conta. Acabei de criar a segunda conta agorinha. Seu endereço ficou sendo hamelin1@globomail.com. Consegui entrar e me apareceram aqueles 3 emails não lidos enviados pela globo.com. Para testar, abri um deles e resolvi de imediato encaminhá-lo para um outro endereço de email que tenho (j.malavolta@yahoo.com.br). Pasmem!, ocorreu nessa segunda conta globomail o mesmo que ocorreu na primeira ontem e agora à tarde, fui redirecionado a uma página de código captcha e, ao ser este digitado, simplesmente aparece a mensagem "erro de servidor". A mensagem NÃO ACOMPANHA nenhum código numerado. Aí eu pergunto, de que vale a globo.com fazer propaganda que oferece email gratuito de 7 Gb (ou Mb, sei lá) se o usuário não pode utilizá-la para o envio de e-mails? De que me adianta ter uma conta em um servidor que eu não possa utilizar? Qual é a graça? Costumo há anos ler suas notícias de jornal porém não vejo a mínima graça em comentá-las, já que a maioria do público que as comenta é um público ignorante, principalmente quando se trata de notícias relacionados ao ativismo negro, feminista ou LGBT. Não sinto a menor vontade de comentar suas notícias. Advirto que a Vivo me cobra mensalmente aproximadamente 5 vezes o valor estipulado em contrato pelo sinal de internet e linha de telefone fixo, de modo que só me sobra o necessário para o sustento da família e portanto não tenho condições de assinar pela internet serviços que não sejam free. Gostaria então encarecidamente de pedir à globo.com que por obséquio EXCLUA TERMINANTEMENTE qualquer cadastro e/ou conta minha neste ambiente, não quero tomar parte em um serviço que não consigo utilizar. Obrigado. (a) Jonathan 'Hamelin' Malavolta, enxadrista, escritor e músico

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A Arte é autista

Faço parte de diversos grupos de militância Facebook afora (não só de grupos de discussões). Em um deles, encontrei este lindo vídeo do Cristiano Camargo: http://www.youtube.com/watch?v=_dbqGgciIss&feature=youtu.be. BAM! Um tiro certeiro. Cristiano acertou em cheio o que nós somos. O que nós, portadores de Síndrome de Asperger, somos, e o que nós, artistas (sou escritor, poeta, enxadrista e músico, além de Asperger) somos. Nós todos, autistas e artistas, trafegamos entre mundos e dimensões paralelas que pessoas comuns - auto-intituladas normais e rotuladas pela Medicina como "neurotípicas" (seja lá o que isso signifique) - não conseguem sequer imaginar, quanto mais compreender. Imagine então transitar como nós todos transitamos, autistas e artistas. Pessoas normais normalmente não transitam entre os mundos por não conseguirem compreendê-los e, quando finalmente já na terceira idade conseguem compreendê-los, ou o compreendem tarde demais para viajar junto aos artistas e autistas, ou simplesmente a compreensão fica tão rasa, fora de profundidade, que a única coisa que lhes resta é chamar-nos de "burros" e dizer que não compreendemos direito as coisas. A questão não é que não compreendemos, nós compreendemos tão perfeita e profundamente que conseguimos quebrar as regrinhas impostas pela sociedade neurotípica auto-intitulada normal de modo que realizamos com frequência essa viagem transitória entre diferentes mundos e dimensões. Burro? Como diria um garotinho autista de 11 anos do qual me orgulho de ser pai: "O burro tá no pasto." E como diria uma certa psicóloga com a qual me casei: "Quando você chama uma pessoa de burro ou de retardado, na realidade está auto-afirmando que o burro e retardado é você, uma vez que você sente sua inteligência tão inferior à do outro que não vê outra saída para elevá-la a não ser esta, denegrir a inteligência do outro. Pessoas verdadeiramente inteligentes provam que são inteligentes desfazendo qualquer nó górdio ou equívoco que tenham pego no outro com argumentos e portanto não precisam de um artifício tão baixo, denegrir o outro, ou caçoar dele." Então se você tem preferência por viver chamando os outros de "burro" ou qualquer termo altamente pejorativo, sugiro que faça uma análise profunda em seu ser. Será que é no outro que falta inteligência? Não seria em você? Ah, sim, já ia me esquecendo: Antes de querer responder a esta postagem minha, tenha a gentileza de primeiro clicar na seção "Ver meu perfil completo", meu nome - completo - está lá. Quem sabe você já não tenha me ofendido de algo do gênero sem saber que edito este e outros blogs? E um recadinho final, este de minha autoria: Se vier agredir verbalmente, debochar, caçoar, enfim, denegrir meu intelecto ou minha imagem, peço por favor que esqueça em casa sua intençãozinha estúpida de adotar um nickezinho infantilóide ridículo típico de um pré-adolescente que sequer punheta sabe bater, ok? Se é pra ofender, humilhar e etc, prefiro que seja feito homem mesmo, obrigado! Me orgulho de ser autista Asperger, epilético e artista ao mesmo tempo, pois ao menos em mim sei que a visão não é tão rasa a ponto de não compreender a existência de vários mundos; me orgulho de viajar entre todos esses mundos. Me orgulho da Arte proporcionar àqueles que a praticam o mesmo que o autismo proporciona àqueles que o portam, a clara visão de vários mundos, várias dimensões, tudo em pararelo. Postagem carinhosamente dedicada a todos os autistas, artistas ou não, e a todos os artistas, autistas ou não. A Arte é autista.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Sheik e Camisa 12

Essa semana tem sido atribulada para o Sport Club Corinthians Paulista. Um de seus jogadores, cujo nome figura no título, anda protagonizando um lamentável incidente com a torcida organizada Camisa 12. O jogador, que é hétero (seja lá o que isso for; já abandonei toda e qualquer forma de orientação sexual ou identidade de gênero em nome da militância LGBT, ação na qual fui seguido por minha esposa sexóloga e pelo filho de 11 anos que tenho com ela), literalmente deu um selinho em um de seus amigos (que também se define hétero), dono de um restaurante. O jogador ainda teve a cara de pau (UM MUITÍSSIMO OBRIGADO EM CAPSLOCK A VOCÊ POR TER TIDO ESSA CARA DE PAU, SHEIK. SE JÁ ERA SEU FÃ POR SER CORINTHIANO, AGORA SOU MAIS AINDA) de postar a foto do tal selinho em seu Instagram (cacete, tô me lamentando até a égua agora, não tenho perfil por lá). A foto virou notícia e correu o Facebook (onde à propósito o próprio Sheik segue meu perfil, encontrado pelo e-mail j.malavolta@yahoo.com.br). Foi no FB que a vi. Viralizou geral. E o que me fazem 5 pretensos torcedores do Corinthians, membros da Camisa 12 (torcida organizada que também consta no título)? Simplesmente me protestam contra o jogador, com faixas contrárias ao beijo. A esses pseudo-torcedores, eu só digo uma coisa: Amo de paixão meu Timão do coração, porém não confundo nem distorço as coisas! Entendo que sexo, beijo, fatiola ou qualquer coisa do gênero em nada influencia no talento deste ou daquele jogador para jogar futebol. Ante a isso, pressupõe-se que um verdadeiro torcedor só protestaria contra um jogador exigindo retratação da parte deste caso este jogue mal, e não porque deu um beijo, ainda mais se não foi na boca de nenhum de vocês. É por isso que coloquei "pseudo-torcedores", porque vocês não são torcedores, são vândalos. Aos cinco integrantes da Camisa 12, só digo uma coisa: Eu também protesto mas, quando estou afim de protestar, protesto com coerência. Atitudes decepcionantes como esta que vocês tomaram é que me afastaram de toda e qualquer forma de torcida organizada pois me fizeram crer que não existem torcida organizada, existe crime organizado. A ameaça que vocês fizeram ao jogador e seu amigo se constitui crime. A injúria que praticaram contra minha querida população LGBT também. O que desejo ardentemente a vocês 5 é que arquem com as consequências por tais crimes. Ah, sim, já ia me esquecendo: Querem me criticar? Me conheçam primeiro pois não costumo dar liberdade para desconhecidos sequer me provocarem, quanto mais me criticarem. Me conheçam e conheçam minha história de vida primeiro, caros vândalos disfarçados de torcedores. Me causa ojeriza ver que vocês DIZEM torcer pro mesmo time que eu torço.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Qual título pôr?

Atualizando o blog. Talvez meus caros leitores estranhem o título ou até mesmo o motivo dele ser uma pergunta. Calma, eu explico. Ocorreu tanta coisa nesse tempo que fiquei sem escrever, tanta coisa me chamou a atenção, me deu vontade de responder com uma postagem aqui no blog, de modo que fiquei confuso, sem saber que título colocar na postagem. Bom, como diria o esquartejador, vamos por partes. Não sei se todos os meus leitores sabem disso mas desde a mais tenra infância que sou um grande apaixonado por contos, livros e filmes de terror. Criança mesmo, me lembro até hoje que aos 5 anos já lia Tales from the Crypt, um gibi de terror que existe nos Estados Unidos e que meu genitor costumava importar, sabendo que tinha um filho apreciador dessas coisas em casa. Mais ou menos nessa época assisti ao filme Carrie, baseado em uma novela de terror do Stephen King, o mesmo autor de Cristhine e O Iluminado, entre outros sucessos. Ainda me lembro do susto que o filho da puta do meu genitor me deu, grudando a mão no meu calcanhar enquanto assistíamos a cena final de Carrie (a cena da mão de uma Carrie carbonizada pegando no braço de sua amiga, no sonho da amiga, para quem não se lembra). Não sei se o gibi que citei ainda existe ou, se existe, se ainda existe no mercado brasileiro gente que o importa; na minha época pelo menos existia. Já tem algumas semanas que ando lendo na internet alguns contos do gênero e pensei: Porque não me inicio nos contos de terror? Não que eu nunca tenha escrito nada na vida, ao contrário, já ganhei prêmios literários, tenho diversos contos, estórias, livros inteiros elogiados por quase a totalidade das pessoas que as leêm, mas eu tenho de admitir, existem gêneros literários nos quais só me aventurei como leitor, nunca como autor. Pensei em reunir o útil ao agradável, quer dizer, aproveitar que tenho um talento nato para escrever e que gosto do gênero em questão, e desenvolver minha criatividade nesse campo. Encontrei por meio de um instrumento que costumo apelidar de "fuçômetro" (não se assustem com o termo, é apenas minha curiosidade procurando as coisas que me dão prazer na internet) um site denominado Letras de Sangue. O citado é inteiramente dedicado ao gênero de que estamos falando, sendo que se direciona também ao suspense, não só ao terror. Pensei então em me inscrever no site e começar a mandar brasa nos contos. Ah, sim, já estava me esquecendo: Contos de suspense eu tenho escrito, ou melhor, os que escrevi são contos policiais baseados nos contos de Poe que lia, mas que envolvem elementos de suspense; é só no gênero do terror que sou ainda 100% virgem (ô trocadilho infame que fiz agora). Acho que estou autorizado a pedir que aguardem surpresas minhas na área, não? Mudando de assunto mas continua no âmbito da internet: Essa semana que passou, meio atribulada, corrida pra mim, ainda não tive tempo de escrever uma crítica a esse sujeitinho (desculpem, não sei quem é) totalmente sem noção. Imagino que não seja surpresa aos leitores o caso recente de uma turista paulista em viagem ao Recife ter sido violentamente mordida na perna por um tubarão, tendo que amputar o que restou da perna devido a gravidade dos ferimentos mas não resistiu e morreu, salvo engano, ainda antes de receber alta do hospital. Pois bem, ouvi falar disso mas ainda não havia assistido ao vídeo do ataque em questão. Recorri ao Youtube e não tardou para encontrar o vídeo. Assisti ao vídeo. Mas aí você me questiona: "'Sem noção' é a turista, não, Jonathan?" Calma que eu chego lá. Sempre fui muito curioso, gosto de saber a opinião das pessoas sobre um determinado tema. Desci um pouco para ler os comentários postados no vídeo em questão. Um comentário me chamou a atenção: Um idiota qualquer teve a brilhante ideia de colocar a culpa do ataque no governo (ele não especificou se falava do governo de Recife, do de Pernambuco ou do Brasil). Aí EU é que pergunto: Ô seu sem-noção, jumento filho duma égua, você tem noção da enorme covardia que você aprontou? Puta que pariu, tem gente que não deveria mesmo ter nascido, caralho, vá tomar no cu! Sou eco-chato, defensor dos animais, admiro muito que as pessoas tenham uma ideia romanceada da defesa dos animais e das plantas mas sejamos francos, a natureza não é essa coisa romântica que muitos colegas eco-chatos pintam, ela não é nenhum mar de rosas, nenhum conto de fadas. A natureza em si é violenta, agressiva, atroz, fatal. Podem perguntar pra qualquer biólogo. Em sendo assim, em a natureza sendo fatal, é natural que alguns fenômenos naturais, e os ataques de tubarão se encaixam nessa categoria, terminem em morte. Eu diria que é compreensível (não, eu não disse agradável, não é agradável, pelo contrário, é desagradável pra cacete; eu disse que é compreensível, é diferente) que acabem em morte, se não em todos, ao menos em alguns casos. Devido aos sentimentos do ser humano com relação à natureza, é natural que a natureza influencie a ciência, fazendo assim com que a ciência busque estudar, conhecer a natureza, bem como é natural que a natureza influencie a política, fazendo com que a política crie legislações protetivas, tanto para a natureza, protegendo o meio ambiente da destruição que causamos nele, quanto proteger a nós da natureza, como as ações que o governo do Recife faz no caso desses ataques. As praias do Recife onde os ataques costumam ocorrer são repletas de avisos, fora que desde que eles começaram que em todas as escolas, locais de trabalho e corporações da cidade ocorrem periodicamente cursos com profissionais capacitados ensinando a população a se prevenir, se precaver dos ataques de tubarões. Melhor prevenir do que remediar, do contrário, pode ser que ocorra uma fatalidade pois nem todo ataque resulta só em ferimentos, muitos resultam em morte, o que foi o caso dessa turista. A vontade que eu tenho é de chegar junto no carinha que jogou a culpa pela fatalidade no governo e perguntar pra ele em qual teoria da conspiração ele está trabalhando no momento, ou então se ele andou misturando cachaço com tabaco, maconha, cocaína, heroína e crack. Não é possível que uma pessoa em sã consciência ache que a ciência ou a política interfiram na natureza, a manipulem. Me atrevo a dizer que não é mentalmente saudável imaginar que a culpa por uma fatalidade oriunda de um fenômeno natural (lembrando de novo que ataques de tubarão são fenômenos naturais) ocorra por culpa da ciência ou da política (governo), clinicamente falando. Pro ilustre desconhecido que julgou que isso, a morte da turista em decorrência do ataque de tubarão, é culpa do governo, sugiro uma boa análise psiquiatra. Terceiro assunto do qual quero falar, este sim tem a mãozinha do governo, no caso, o federal. Em um período que não chegou a 24 horas mas que demandou praticamente um ano inteiro de discussões e debates entre políticos e o CRM, nosso governo autorizou a diminuição da idade para tratamento hormonal para transsexuais, de 18 para 16 anos. E logo em seguida desautorizou. Que negócio é esse? Discutiram o assunto o ano inteiro, tomaram uma decisão e depois voltam atrás? Governo federal, permite-me que lhe pergunte o motivo dessa covardia? É, porque eu sou militante há décadas pela despatologização da identidade de gênero (transexualidade) , praticamente desde que descobri que um dos meus amiguinhos de infância era na verdade uma menina presa no corpo de um menino, e não concordo nem um pouco com essa medida que você tomou, a de autorizar mas em menos de 24 horas voltar atrás. Estava tudo indo tão bem. Que covardia foi essa, Alexandre Padilha, Dilma Rousseff e demais membros do governo brasileiro? Aliás, governo não, desgoverno. Isso me cheira a dedos de fundamentalistas religiosos metendo o bedelho em áreas que não lhe dizem respeito. E não adianta aos mesmos fundamentalistas religiosos infiltrarem seus pares homotransfóbicos no CFM pois eu não sou idiota nem tampouco analfabeto ou de memória curta como a maioria esmagadora dos brasileiros. Pra começo de conversa, minha memória é fotográfica. Praticamente desde que me tornei pré-adolescente , quando o principal exemplo da comunidade trans que tínhamos no Brasil era a Roberta Close, que faço questão de acompanhar via jornais toda a discussão sobre o tema. Desde essa época que leio nos jornais, ouço nos rádiojornais e assisto nos telejornais médicos do planeta inteiro creditando que a idade ideal para o tratamento hormonal, em casos de transsexualidade, deveria se iniciar por volta dos 12 anos, e que eles, os médicos, só não o faziam cada qual em seu país por questões políticas, já que na maioria dos países tal tratamento é proibido para menores de 18. Só recentemente é que os países europeus, ditos de Primeiro Mundo (sinceramente? Nunca entendi direito esse separação: Primeiro, Segundo, Terceiro Mundo e o escambau), começaram a aprovar tal tratamento para menores de 18, a maioria deles podendo começar com os 12 anos que a classe médica mundial acha mais conveniente e apropriado, desde que com a devida autorização dos responsáveis pelo menor e que tenham sido já cumpridas as metas tradicionais, incluindo-se aí o período de carência (2 anos, se não me engano), além do completo acompanhamento de profissionais (acompanhamento este que é multidisciplinar, envolvendo psicólogo, psiquiatra, endocrinologista, metabologista, andrologista, urologista e ginecologista, apenas para citar alguns profissionais de que me lembro agora). Então governo brasileiro, que covardia é essa de voltar atrás, uma vez que seu projeto contemplaria apenas maiores de 16 (que já passaram e muito da idade de iniciar tal tratamento, segundo a própria classe médica)? Acham mesmo que irei cair nesse papinho furado de que "o CFM interveio e pediu para rever o projeto"? Conversa! Sei bem quais figuras intervieram: Sacerdotes fundamentalistas nazi-evangélicos que infestam esse congresso de bosta que temos em Brasília! Esses foram os interventores que pediram para "rever" o projeto, os populares tomadores de conta do furico alheio. Desculpem os termos chulos, mas um governo que SE DIZ LAICO mas permite que fundamentalistas religiosos se infiltrem em suas políticas públicas de direitos humanos não merece meu respeito, merece é o meu desprezo. Outro assunto, este talvez mais grave devido à covardia que encerra: Recentemente um adolescente de 16 anos foi torturado, espancado e ameaçado de morte pelo próprio pai, apenas por... ser gay!!! Ô seu covardão, você mesmo que espancou seu filho: Porque você não vem aqui pra Martinópolis me pegar, amarrar em meu calcanhar essa porra dessa cordinha mixurica e não tenta jogar a mim pra fora do veículo pra me puxar de carro pela corda? Hein, seu filho da puta? Faz isso com seu próprio filho que não tem meios de se defender de sua brutalidade. Covarde, é isso que você é! Nojento energúmeno! Segue o link da notícia pros leitores saberem do que estou falando. http://www.hojemais.com.br/andradina/noticia/policia/menor-pode-ter-sido-torturado-pelo-pai-por-ser-homosexual Pra finalizar, um outro assunto, dessa vez, sobre preconceito religioso e racismo. Uma afro-descendente, não sei direito se mãe-de-santo ou filha-de-santo, costumo confundir a nomenclatura das religiões de matriz africana, - ignorância minha sobre o tema - foi desrespeitada em uma unidade hospitalar. Acho que o caso se deu na Bahia, não sei direito em qual cidade. Também foi uma reportagem online que encontrei na internet, pelo "fuçômetro". A umbandista ou candombleísta ou quimbandista, não sei direito, precisou de uma consulta médica mas, ao perguntar pelo médico no hospital, uma atendente teria sido ríspida com ela. Não contente, a ofendida procurou a intendência do hospital. Ainda teve tempo de ouvir da atendente que havia sido ríspida um comentário a outra pessoa: "Eu conheço ela, essa preta, macumbeira. Veio fazer macumba pro doutor hoje?" Algo mais ou menos por aí. Depois verei se encontro de novo o link da notícia para checar se estou falando alguma besteira sobre o assunto. Ao encontrar o responsável pela intendência do hospital, teria ouvido deste: "Saia daqui e não volte. E quando precisar de médico de novo, não procure este hospital!" Porra, pra quê essa covardia toda? Olha o dedinho de evangélicos fundamentalistas aí de novo. Tá na cara que esses destratores da senhora em questão são evangélicos. Pra eles, todos os que não são de sua igrejinha furreca que já deveria ter perdido espaço por ser irracional por demais é demoníaco. Ainda me lembro de uma história que ouvi de um ex-cunhado, sobre uma família evangélica que tinha uma filha epilética aqui na minha cidade. Ele contava que a menina caiu durante um culto e começou a convulsionar. O pastor logo tomou a dianteira, afirmando que as crises convulsivas eram obra do demônio e que iria exorcizar a menina. Os pais riram e afirmaram que era apenas uma crise de convulsão passageira, e a mãe sempre levava dentro da bolsa o diagnóstico do médico quando ia na Igreja, pois já sabia como os pastores costumam ser fanáticos. O que ela não pensava era que os fiéis poderiam ser tão fanáticos quanto. Quando ela ia pegar os exames da menina na bolsa, juntou aquele monte de gente para segurá-la e a seu marido, de modo que ficaram impossibilitados de reagir durante o "exorcismo" da filha. O exorcismo? Não passou de uma seção de socos e pontapés na cabeça da menina, mesma inconsciente, sem demonstrar reação. A menina? Se Deus existir, - e eu sou ateu, não creio que Deus exista - garanto que ela está em um lugar bem melhor do que estaria se estivesse viva. Morreu dentro da Igreja, ainda com o pastor a agredindo a socos e pontapés, vítima de um severo e irreversível quadro de traumatismo craniano, e antes que sua mãe pudesse se movimentar o suficiente para alcançar o documento com o diagnóstico médico que trazia na bolsa...