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sábado, 17 de abril de 2010

33 - Promessas

Neste mundo tão moderno,
Vivo a deparar-me imenso,
Em qualquer dia hodierno,
Em qualquer horário tenso.

Mas com quê me deparo?
Com promessas vãs, vazias,
Tão sem sentido nem amparo,
Soam como vãs filosofias.

E o que dizer de tais engodos?
Sim, são engodos, estas promessas.
Promessas de tão vazios enganos,
O que faremos com tais egressas?

Estão sempre voltando, vãs promessas,
Voltando com mandos e desmandos vis,
Volta e meia voltam mais estressas,
Implicam até com o belo arco-íris.

Eu é que não vou ficar aqui a curtí-las,
Prefiro carregar, musicar qualquer poesia,
Minhas poesias não encarnam vilãs alheias,
Tais promessas carecem da eterna magia.

Em teimar com tais promessas morremos sós,
Ninguém gosta de ficar no eterno vácuo,
Esse vácuo do imenso nada, infinito, é atroz,
Mais atrozes são essas promessas, é o que falo.

Minha boca não tem semente para refutá-las,
Minha mente não consegue nem pensar em nada,
Nada de útil para ofertar nestas contendas,
Estou vazio, vivenciando o imenso, eterno nada.

Vou findar mais esta obra, por ora,
Vou findar junto com o anoitecer,
Dormitarei até o doce raiar da aurora,
Mas tornarei após o belo alvorescer.

Quero ver quem conseguirá então,
Refutar as vis, vazias promessas,
Minha mente agora só sonha em vão,
Mal consigo fechar minhas pestanas.

Porém quando Orfeu nos chama,
Tenho certeza, o sono logo vem,
Agora minha cama meu corpo reclama,
Quer minha companhia até mais além.

Então findarei mais este poema,
Já não tenho mais nenhuma semente,
Não sei com que semear dita feita,
Não sei quem ainda me agüente.

Termino aqui esta poesia,
A termino sem n'algum receio,
Sem medo de toda mestra magia,
Está na hora de meu suave recreio.

Vou parar agora, sem demora,
A todos deixo um doce, suave beijo,
Preciso para o berço ir embora,
Minha boca já está em franco bocejo.

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