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sexta-feira, 9 de abril de 2010

25 - Abobora

Se abobora minha dona,
Jaz tranqüila em sua cama,
Nesse tempo todo de coma,
Fazendo da minha vida, zona.

Não sei mais aonde está,
Todo aquele amor que sentia,
Ainda sinto aquele ardor,
Mas não sei mais a quem dar festa.

Se é ardor o que sinto,
Isso não sei responder,
Só sei que ainda amo,
Esse alguém que faz parte de meu ser.

Só sei que me sinto sofrer,
Mas não sei por mais quanto tempo,
Qual tempo irá demandar,
Até meu coração acordar.

Um comentário:

  1. Esta poesia foi a primeira que escrevi a respeito do coma de minha dona - a mulher que escolhi por esposa e mãe de meus filhos - após o tiroteio por esta sofrido. Só não vão querer me corrigir, colocando acento agudo onde não existe.
    Abóbora = Fruto do aboboreiro;
    Abobora = Encontrar-se acamado - é o caso aqui, visto que pessoas em coma não saem da cama para nada, nem para necessidades fisiológicas.
    Não confundam os vocábulos, qualquer dúvida, recorram ao Aurélio ou ao Professor Pasquale Cippro Netto.

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