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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Terror

Era uma noite como outra qualquer. Abelardo estava como sempre deitado em sua cama, lendo um de seus livros prediletos: "A Hora da Zona Morta", de Stephen King. O que Abelardo não sabia era que aquela seria sua última noite com vida... O relógio já marcava meia-noite e Abelardo ainda acordado, absorto em sua leitura, sem conseguir sentir um pingo de sono. Para ser franco, Abelardo sequer sabia que horas eram. Não tinha relógio de pulso e um grandão, de parede, tipo relógio cuco, estava quebrado há décadas. Abelardo nem se importava, afinal aquele relógio cuco havia pertencido ao seu bisavô. Herdara-o como herança de seu avô, já quebrado, sem conserto, mas ainda assim o guardava. O valor sentimental falava mais alto, já que os pais de Abelardo morreram inexplicavelmente quando ele tinha apenas 3 anos. Abelardo foi criado desde então pelo único parente vivo que restara de sua família: seu avô paterno Luis. Entretanto, Abelardo não se perdia quanto ao tempo, já que morava a apenas duas quadras de uma igreja. Se orientava por este relógio, o da igreja. Aquela noite porém seria diferente. Já estava sendo diferente, já que os relógios de igrejas costumam badalar à meia-noite. Desta vez, o relógio da igreja não badalou. Padre Calixto estranhou: - Ué, o badalo do sino nunca falhou. Sempre foi uma sincronia perfeita com este relógio. - pensou - Preciso ir até a cidade chamar um técnico amanhã cedo. Sim, cidade. Abelardo e Padre Calixto residiam em Primavera, distrito de Rosana, interior paulista. Primavera tinha na época cerca de 10.000 habitantes. Abelardo e Padre Calixto eram apenas dois deles. Um outro curioso habitante de Primavera também não estava conseguindo dormir naquela fatídica noite de primeiro de maio de 2013. Ou melhor, outra. Flávia tinha cabelos longos, levemente cacheados, castanho-escuros, olhos igualmente castanho-escuros, pele bronzeada, além de um corpo bem curvilíneo. Era uma morena de parar o trânsito. E o coração. Sim, Flávia também estava acordada. Flávia nunca dormia, já que tinha uma particularidade que nossos ilustres Abelardo e Padre Calixto desconheciam. Padre Calixto aliás nem chegaria a tomar conhecimento desta particularidade de Flávia, uma vez que estava já se recolhendo para ir até o centro de Rosana no dia seguinte, onde conhecia um bom relojoeiro, o mais capacitado da região para consertar o relógio da igreja, na opinião de Padre Calixto. Abelardo porém não teria tanta sorte... Flávia, como que tomada por um inconsciente impulso sonambúlico, apesar de acordada, ia caminhando toda noite a procura de suas habituais vítimas, os gatos de rua. Flávia os matava e consumia seu sangue, tal qual os vampiros costumam fazer. Ela não deixava sobrar nada. Aquela noite porém seria diferente, Flávia obteria pela primeira vez desde que fora transformada em vampira sangue humano, e seria de Abelardo. Não se apercebendo nem da hora nem do que estava para ocorrer, Abelardo continuava absorto em seu livro de terror, como que um jogador inveterado que não larga o pôquer. Começara a ler "A Hora da Zona Morta" naquela noite mesmo, como forma de conter sua insônia, e já estava quase passando da metade do livro. Abelardo sequer sabia a quantas horas seguidas estava lendo. Eis que de repente escuta o som de seu relógio: "cuco, cuco". Levantou-se sobressaltado pelo susto, há décadas o relógio estava sem funcionar e, como que tomando uma lufada de ar, encheu-se de coragem e foi até a cozinha ver o que estava acontecendo, e se descobria o porquê do relógio ter voltado a funcionar depois de tanto tempo. Abelardo nunca tinha ouvido seu som; aliás, já estava quebrado na casa de seu avô quando tinha 3 anos e estava sendo criado por ele. Aquela foi a última vez que Abelardo viu a Lua da janela de sua cozinha. Quase que instantaneamente à sua chegada, Flávia pulara em seu pescoço e lhe dera uma dentada tão forte e violenta na jugular que sua cabeça foi por completo decapitada. Quando o dia amanheceu e os vizinhos perceberam luzes acesas em pleno dia de dentro de sua casa e junto um forte odor de putrefação, imediatamente acionaram a PM. Era tarde, os policiais que registraram a ocorrência já encontraram um Abelardo sem vida, decapitado e com os olhos esbugalhados. Não havia marcas de luta além das marcas de dentes caninos em várias partes de seu pescoço e menos ainda sinais de arrombamento nas portas de acesso à casa. Abelardo estava também seco, sem uma só gota de sangue no corpo...

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A morte da Morpho

http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/questoes-de-genero/265-generos-em-noticias/21120-transexual-de-21-anos-comete-suicidio-e-reacende-debate-sobre-discriminacao Gabriela Monelli, a Morpho da vez. Provavelmente vocês devem estar se perguntando: Porque Morpho? Certa vez, em um dos blogs que sigo pela blogosfera Google, o da sereia Adri, encontrei um texto no qual ela relatava que transexuais se sentiam como borboletas, já que pode se comparar o sexo anatômico, com o qual elas não se identificam, ao estado de lagarta, com o período que compreende o tratamento hormonal sendo equiparado ao tempo em que a lagarta encontra-se enclausurada no casulo, se transformando, e após o tratamento hormonal e todo o restante do longo, doloroso e árduo processo de transformação em mulher, quando a trans já aparece socialmente como aquilo que ele sempre se sentiu desde o nascimento, pode-se equiparar ao estágio final da transformação, quando a lagarta já terminou sua transformação em borboleta. Aqui no Brasil, o gênero mais comum de borboleta pertence à família Morpho e por essa razão escolhi comparar toda e qualquer transsexual com uma Morpho. Esta do link que postei, a Gabriela Monelli, é uma delas. Uma delas que infelizmente teve um fim trágico, suicidou-se por não aguentar o descaso que a sociedade faz com as - e os pois também existem transhomens, tão Morphos quanto as transmulheres - pessoas que não se enquadram no padrão cisheteronormativo. Gabriela tinha apenas 21 anos. Eu poderia perguntar o porquê dela dar cabo da própria vida - e o porquê de suicidar-se tão jovem assim - porém estaria sendo infantil e hipócrita, eu sou autista, conheço e bem, sinto diariamente na pele o modo como a sociedade trata quem não se enquadra dentro das normas ditadas por suas regras; ainda hoje senti, perto da hora do almoço. Não são só transexuais que fogem a essas regras, é toda a população LGBTTT, é o negro, é o índio, é a mulher, é o ateu/agnóstico ou o pertencente a alguma minoria religiosa, é a mulher, é a criança, é o idoso, é o analfabeto, é o down. Enfim, são vários os grupos que por um motivo ou outro não se enquadram em um dado conjunto de regras ditado por nossa escrótica sociedade. Justamente por ter sofrido preconceitos os mais diversos e sofrer com isso ainda hoje, eu não irei perguntar o porquê tão jovem nem tampouco o porquê do suicídio, visto que eu também já tentei o suicídio como forma de me livrar dessa sociedade repressora. A minha pergunta é uma só e se resume a apenas dois vocábulos: Até quando?

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

#ForaFeliciano, beijo não é crime!

E mais uma vez o bastardo-mor Marco Feliciano - um pastor que OUSA fingir ser político - prova que é analfabeto funcional em Criminologia. Mandou que a Guarda Civil Metropolitana de São Sebastião (SP) algemasse, batesse e prendesse duas moças, e o fez única e exclusivamente porque as duas se beijaram. Entretanto, não pediu para a mesma GCM algemar, bater e prender os mais de 15 casais heterossexuais que igualmente estavam se beijando no mesmo evento. Por quê? Responda-me logo, Marco Feliciano. Adoraria saber o porquê de você ter mandado prender as duas moças mas se recusou a fazer o mesmo com os demais casais que estavam lá se beijando. De que o senhor as acusou mesmo? De vilipêndio à fé, é isso? Sugiro, caro Marco Feliciano, que você se dirija até a PUC-SP e tenha uma conversa informal com o Dr. Kauffmann. Este é professor da citada PUC, mais precisamente da Faculdade de Direito. Garanto que ele pode explicar a você, Feliciano, o que de verdade vem a ser "vilipêndio". É por isso que desenterro o bordão "#ForaFeliciano", criado por mim uns dois meses antes de decidirem quem sairia candidato para presidir a CDHM e o seu nome AINDA NÃO constava entre os candidatos mas os jornais já traziam a informação de que o PSC cogitava sugerir 3 nomes, entre eles o seu. Me recordo que encontrei o link da notícia no Facebook, mais precisamente no grupo Todos Contra a Homofobia, Lesbofobia e Transfobia, criado por alguns bons amigos virtuais que tenho (citando ao menos um que possa servir de fonte a quem quiser checar, fiquem com minha amiga Ivone Pita) e eu simplesmente escrevi como reação à notícia a resposta: "O quê? O Feliciano, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias? Esse cara não! #ForaFeliciano!". Não precisei esperar nem duas horas para ter a tranquilidade de ver que o bordão (uma hash-tag, no caso) pegou. Pegou tanto que no período de duas horas em que fiquei conectado tal bordão foi replicado por lá mais de 1300 vezes, sendo que também me fizeram o favor de exportá-lo para o Twitter e outras redes sociais. Pois bem, veremos se o segundo bordão (hash-tag) que estou criando e propositalmente jogando no domínio público pegará e quanto tempo levará: #BeijoNãoÉCrime. (a) Jonathan 'Hamelin' Malavolta, escritor, poeta, músico e temporariamente ex-enxadrista

sábado, 7 de setembro de 2013

Corinthians, VERGONHA NACIONAL!

Esta postagem é especialmente dedicada aos corinthianos honestos do Brasil e do mundo, vocês não têm culpa das cagadas que nosso time infelizmente faz. Durante um jogo, acho que em Brasília, não estou bem ao certo, entre Corinthians e Vasco da Gama, ocorreu uma briga provocada pelas torcidas organizadas de ambos os times. Uma cena que, graças a internet, correu o mundo, foi o suficiente para que o Estado brasileiro, pessoa jurídica (a grosso modo, que trabalha as leis deste país) determinasse e punisse as torcidas envolvidas. A cena em questão é a de um pai acoado, tentando proteger seu rebento dos meliantes (depois os corinthianos fanatizados que sofreram da mesma lavagem cerebral que os fiéis religiosos sofreram querem me criticar quando digo que torcidas organizadas não pertencem a um clube, mas ao crime organizado). A punição, até onde sei, foi o afastamento dos estádios por um determinado período, e a ordem judicial para que os dois clubes joguem um determinado número de jogos de portões fechados. Pois bem, os filhos de prostitutas dos dirigentes do Corinthians não me entram com um recurso, tentando embargar uma ordem judicial, sob a alegação de que tal punição iria prejudicar todos os torcedores? E não é que conseguiram? Assisti televisão no horário de almoço, mais precisamente a Rede Globo, e pude constatar que a proibição foi reduzida, apenas os próximos dois jogos serão disputados a portões fechados. Corinthians, ou melhor, dirigentes do Corinthians, vocês querem perder seus torcedores HONESTOS e permanecerem apenas com os do crime organizado, estes mesmos que inclusive depredam os estádios que O TIME USA PRA JOGAR? Sei lá quem pertence a seu corpo jurídico, mas é um completo filho da puta alienado, coloca-se do lado de meliantes ao invés do lado do torcedor QUE NÃO É CRIMINOSO! É por isso que não sinto a menor vontade de ir a estádios nem tampouco de assistir pela telinha, é só crime de agressão que a gente vê sendo cometido pelas torcidas organizadas (TODAS, NÃO SÓ AS DO CORINTHIANS). Não sinto vontade alguma de continuar sendo corinthiano, pelo contrário, a partir de agora, sentirei verdadeiro ASCO do corinthians ou de qualquer outro time ou de qualquer coisa que lembre futebol. Pra mim acabou, esse embargo a uma ordem judicial, que deveria ser apoiada pelo time (repito, o time é o principal interessado em que o estádio permaneça intacto, e brigas entre organizadas sempre destrõem o estádio) e aplaudida de pé pelo simples fato de que peita esses criminosos que brigam, depredam estádios, agridem pessoas que nada tem a ver com a briga, põem medo em pessoas que nada tem a ver com a briga, MATAM pessoas que não tem nada a ver com a briga (não me sai da cabeça aquele jogo em 1992 entre São Paulo e Palmeiras, onde a cena que mais chamou a atenção foi um adulto de meia idade gordinho da independentes ASSASSINANDO com várias cacetadas certeiras na cabeça utilizando uma barra de ferro e por traumatismo craniano a um adolescente de 15 anos - eu também tinha 15 anos à época - que tinha acabado de se filiar à Independentes - aquele foi seu primeiro e último jogo, e foi fatal a ele - única e exclusivamente porque o garoto em questão era de paz, tentou se esquivar para os portões que dariam acesso à saída do estádio quando a briga começou), depredam aeroportos quando seu time está indo disputar uma competição em outro país (e o estúpido do técnico Tite, ao invés de condenar o crime, agradece, qualificando o maldito crime como apoio), entre outras ações CRIMINOSAS (são tantas que me falta espaço aqui para enumerar uma a uma) oriundas da Gaviões da Fiel, Camisa 12 ou de qualquer torcida organizada que exista. Não dá mais para mim, como ser humano honesto que lutou a vida inteira dando combate e devidamente denunciando atitudes criminosas, estou deixando de ser corinthiano em definitivo, deixando de dar audiência a todo e qualquer programa esportivo, seja do rádio, seja da tv, seja cibernético. Inclusive começarei a descurtir as páginas no Facebbok que aludem a qualquer coisa que diga respeito ao futebol, estarei saindo de qualquer grupo que discuta o futebol (ou qualquer outro esporte), estou saindo no Orkut de comunidades que aludam a esportes, estou deixando de seguir no Facebook e no Twitter perfis de atletas. Não dá mais pra mim, os dirigentes esportivos de hoje em dia, a começar pelo COI, um covarde que não embarga as olimpíadas de inverno de Soichi 2014 (deveria, em respeito à população LGBT que anda ultimamente sendo criminalizada na Rússia de Putin), simplesmente jogaram no vaso sanitário e deram descarga para levar ao esgoto aos ideais de paz e confraternização tão bem elaborados por Pierre de Freddy, Barão de Coubertin. Esporte pra mim, morreu. Peço sinceras desculpas ao xadrez (sou enxadrista a 36 anos) por estar abandonando-o como esporte, tinha a pretensão de participar de qualquer torneio futuro representando as bandeiras dos coletivos autista, down e LGBT por questões de Direitos Humanos mas não mais o farei, após os últimos acontecimentos envolvendo o mundo do esporte em geral, pra mim não dá mais, conheço meus limites e minha hora de parar. Parei por aqui. (a) Jonathan 'Hamelin' Malavolta, EX-ENXADRISTA (COM ORGULHO), escritor, poeta e músico e agora inimigo ferrenho dos covardes e preguiçoes dirigentes esportivos que têm medinho de tomar uma atitude para que o Esporte volte a ser algo saudável, algo bom para todos, sem exceções!

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Parabéns, Pastor e Sargento Fábio Mendonça!

http://cambriano87.blogspot.com.br/2013/09/um-em-um-bilhaocaso-raro.html Acabei de ler o texto deste blog e me atrevo a parabenizar o referido no título pois é dele que o link fala. Primeira vez em 36 anos de vida que vejo isso, um sacerdote protestante utilizando o dízimo para realmente ajudar a quem precisa ao invés de embolsar a grana engordando a própria conta bancária como muitos dos famosos tele-pastores que vemos por aí. O Pastor Fábio Mendonça exerce a profissão de Sargento em Cabo Frio, RJ, então fica a dica aí pro patrão dele, o Governador Sérgio Cabral. Esse sim merece aumento de salário e promoção, se preocupa com o próximo, padece da patologia do altruísmo ao invés de padecer da do egoísmo como um que andou cobrando a senha do cartão de crédito de um portador de necessidades especiais (do jeito que a mídia já explorou o caso, desnecessário dizer quem é). Pastor e Sargento Fábio Mendonça, receba por obséquio meus parabéns de braços abertos, Vossa Senhoria já ganhou um fã.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Carta aberta aos serviços globo.com

Estou deveras decepcionado com a globo.com pois esta não nos permite trabalhar com e-mails. Há cerca de um mês atrás, perdi meu DNS e estava encontrando dificuldades para recuperá-lo. A Vivo Telefônica, que me fornece o sinal Speedy (Wi-Fi), não quis me devolver o mesmo DNS e alegou que o problema era o tal provedor de acesso. Criei então um globomail free para mim (hamelin@globomail.com). Quando foi ontem à noite, entrei normalmente na conta de email como costumo fazer com todos os endereços que possuo na internet. Escrevi um e-mail e digitei o endereço do destinatário. Ao clicar em enviar, fui redirecionado a uma página onde tive de digitar um código captcha. Ao ser este digitado, me apareceu de imediato uma mensagem de erro alegando um suposto erro de servidor. Agora de tarde ainda não estava conseguindo entrar, apesar de no chat todas as atendentes terem afirmado que o site não anda apresentando problema algum. Já cansado, resolvi criar uma segunda conta. Acabei de criar a segunda conta agorinha. Seu endereço ficou sendo hamelin1@globomail.com. Consegui entrar e me apareceram aqueles 3 emails não lidos enviados pela globo.com. Para testar, abri um deles e resolvi de imediato encaminhá-lo para um outro endereço de email que tenho (j.malavolta@yahoo.com.br). Pasmem!, ocorreu nessa segunda conta globomail o mesmo que ocorreu na primeira ontem e agora à tarde, fui redirecionado a uma página de código captcha e, ao ser este digitado, simplesmente aparece a mensagem "erro de servidor". A mensagem NÃO ACOMPANHA nenhum código numerado. Aí eu pergunto, de que vale a globo.com fazer propaganda que oferece email gratuito de 7 Gb (ou Mb, sei lá) se o usuário não pode utilizá-la para o envio de e-mails? De que me adianta ter uma conta em um servidor que eu não possa utilizar? Qual é a graça? Costumo há anos ler suas notícias de jornal porém não vejo a mínima graça em comentá-las, já que a maioria do público que as comenta é um público ignorante, principalmente quando se trata de notícias relacionados ao ativismo negro, feminista ou LGBT. Não sinto a menor vontade de comentar suas notícias. Advirto que a Vivo me cobra mensalmente aproximadamente 5 vezes o valor estipulado em contrato pelo sinal de internet e linha de telefone fixo, de modo que só me sobra o necessário para o sustento da família e portanto não tenho condições de assinar pela internet serviços que não sejam free. Gostaria então encarecidamente de pedir à globo.com que por obséquio EXCLUA TERMINANTEMENTE qualquer cadastro e/ou conta minha neste ambiente, não quero tomar parte em um serviço que não consigo utilizar. Obrigado. (a) Jonathan 'Hamelin' Malavolta, enxadrista, escritor e músico

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A Arte é autista

Faço parte de diversos grupos de militância Facebook afora (não só de grupos de discussões). Em um deles, encontrei este lindo vídeo do Cristiano Camargo: http://www.youtube.com/watch?v=_dbqGgciIss&feature=youtu.be. BAM! Um tiro certeiro. Cristiano acertou em cheio o que nós somos. O que nós, portadores de Síndrome de Asperger, somos, e o que nós, artistas (sou escritor, poeta, enxadrista e músico, além de Asperger) somos. Nós todos, autistas e artistas, trafegamos entre mundos e dimensões paralelas que pessoas comuns - auto-intituladas normais e rotuladas pela Medicina como "neurotípicas" (seja lá o que isso signifique) - não conseguem sequer imaginar, quanto mais compreender. Imagine então transitar como nós todos transitamos, autistas e artistas. Pessoas normais normalmente não transitam entre os mundos por não conseguirem compreendê-los e, quando finalmente já na terceira idade conseguem compreendê-los, ou o compreendem tarde demais para viajar junto aos artistas e autistas, ou simplesmente a compreensão fica tão rasa, fora de profundidade, que a única coisa que lhes resta é chamar-nos de "burros" e dizer que não compreendemos direito as coisas. A questão não é que não compreendemos, nós compreendemos tão perfeita e profundamente que conseguimos quebrar as regrinhas impostas pela sociedade neurotípica auto-intitulada normal de modo que realizamos com frequência essa viagem transitória entre diferentes mundos e dimensões. Burro? Como diria um garotinho autista de 11 anos do qual me orgulho de ser pai: "O burro tá no pasto." E como diria uma certa psicóloga com a qual me casei: "Quando você chama uma pessoa de burro ou de retardado, na realidade está auto-afirmando que o burro e retardado é você, uma vez que você sente sua inteligência tão inferior à do outro que não vê outra saída para elevá-la a não ser esta, denegrir a inteligência do outro. Pessoas verdadeiramente inteligentes provam que são inteligentes desfazendo qualquer nó górdio ou equívoco que tenham pego no outro com argumentos e portanto não precisam de um artifício tão baixo, denegrir o outro, ou caçoar dele." Então se você tem preferência por viver chamando os outros de "burro" ou qualquer termo altamente pejorativo, sugiro que faça uma análise profunda em seu ser. Será que é no outro que falta inteligência? Não seria em você? Ah, sim, já ia me esquecendo: Antes de querer responder a esta postagem minha, tenha a gentileza de primeiro clicar na seção "Ver meu perfil completo", meu nome - completo - está lá. Quem sabe você já não tenha me ofendido de algo do gênero sem saber que edito este e outros blogs? E um recadinho final, este de minha autoria: Se vier agredir verbalmente, debochar, caçoar, enfim, denegrir meu intelecto ou minha imagem, peço por favor que esqueça em casa sua intençãozinha estúpida de adotar um nickezinho infantilóide ridículo típico de um pré-adolescente que sequer punheta sabe bater, ok? Se é pra ofender, humilhar e etc, prefiro que seja feito homem mesmo, obrigado! Me orgulho de ser autista Asperger, epilético e artista ao mesmo tempo, pois ao menos em mim sei que a visão não é tão rasa a ponto de não compreender a existência de vários mundos; me orgulho de viajar entre todos esses mundos. Me orgulho da Arte proporcionar àqueles que a praticam o mesmo que o autismo proporciona àqueles que o portam, a clara visão de vários mundos, várias dimensões, tudo em pararelo. Postagem carinhosamente dedicada a todos os autistas, artistas ou não, e a todos os artistas, autistas ou não. A Arte é autista.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Sheik e Camisa 12

Essa semana tem sido atribulada para o Sport Club Corinthians Paulista. Um de seus jogadores, cujo nome figura no título, anda protagonizando um lamentável incidente com a torcida organizada Camisa 12. O jogador, que é hétero (seja lá o que isso for; já abandonei toda e qualquer forma de orientação sexual ou identidade de gênero em nome da militância LGBT, ação na qual fui seguido por minha esposa sexóloga e pelo filho de 11 anos que tenho com ela), literalmente deu um selinho em um de seus amigos (que também se define hétero), dono de um restaurante. O jogador ainda teve a cara de pau (UM MUITÍSSIMO OBRIGADO EM CAPSLOCK A VOCÊ POR TER TIDO ESSA CARA DE PAU, SHEIK. SE JÁ ERA SEU FÃ POR SER CORINTHIANO, AGORA SOU MAIS AINDA) de postar a foto do tal selinho em seu Instagram (cacete, tô me lamentando até a égua agora, não tenho perfil por lá). A foto virou notícia e correu o Facebook (onde à propósito o próprio Sheik segue meu perfil, encontrado pelo e-mail j.malavolta@yahoo.com.br). Foi no FB que a vi. Viralizou geral. E o que me fazem 5 pretensos torcedores do Corinthians, membros da Camisa 12 (torcida organizada que também consta no título)? Simplesmente me protestam contra o jogador, com faixas contrárias ao beijo. A esses pseudo-torcedores, eu só digo uma coisa: Amo de paixão meu Timão do coração, porém não confundo nem distorço as coisas! Entendo que sexo, beijo, fatiola ou qualquer coisa do gênero em nada influencia no talento deste ou daquele jogador para jogar futebol. Ante a isso, pressupõe-se que um verdadeiro torcedor só protestaria contra um jogador exigindo retratação da parte deste caso este jogue mal, e não porque deu um beijo, ainda mais se não foi na boca de nenhum de vocês. É por isso que coloquei "pseudo-torcedores", porque vocês não são torcedores, são vândalos. Aos cinco integrantes da Camisa 12, só digo uma coisa: Eu também protesto mas, quando estou afim de protestar, protesto com coerência. Atitudes decepcionantes como esta que vocês tomaram é que me afastaram de toda e qualquer forma de torcida organizada pois me fizeram crer que não existem torcida organizada, existe crime organizado. A ameaça que vocês fizeram ao jogador e seu amigo se constitui crime. A injúria que praticaram contra minha querida população LGBT também. O que desejo ardentemente a vocês 5 é que arquem com as consequências por tais crimes. Ah, sim, já ia me esquecendo: Querem me criticar? Me conheçam primeiro pois não costumo dar liberdade para desconhecidos sequer me provocarem, quanto mais me criticarem. Me conheçam e conheçam minha história de vida primeiro, caros vândalos disfarçados de torcedores. Me causa ojeriza ver que vocês DIZEM torcer pro mesmo time que eu torço.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Qual título pôr?

Atualizando o blog. Talvez meus caros leitores estranhem o título ou até mesmo o motivo dele ser uma pergunta. Calma, eu explico. Ocorreu tanta coisa nesse tempo que fiquei sem escrever, tanta coisa me chamou a atenção, me deu vontade de responder com uma postagem aqui no blog, de modo que fiquei confuso, sem saber que título colocar na postagem. Bom, como diria o esquartejador, vamos por partes. Não sei se todos os meus leitores sabem disso mas desde a mais tenra infância que sou um grande apaixonado por contos, livros e filmes de terror. Criança mesmo, me lembro até hoje que aos 5 anos já lia Tales from the Crypt, um gibi de terror que existe nos Estados Unidos e que meu genitor costumava importar, sabendo que tinha um filho apreciador dessas coisas em casa. Mais ou menos nessa época assisti ao filme Carrie, baseado em uma novela de terror do Stephen King, o mesmo autor de Cristhine e O Iluminado, entre outros sucessos. Ainda me lembro do susto que o filho da puta do meu genitor me deu, grudando a mão no meu calcanhar enquanto assistíamos a cena final de Carrie (a cena da mão de uma Carrie carbonizada pegando no braço de sua amiga, no sonho da amiga, para quem não se lembra). Não sei se o gibi que citei ainda existe ou, se existe, se ainda existe no mercado brasileiro gente que o importa; na minha época pelo menos existia. Já tem algumas semanas que ando lendo na internet alguns contos do gênero e pensei: Porque não me inicio nos contos de terror? Não que eu nunca tenha escrito nada na vida, ao contrário, já ganhei prêmios literários, tenho diversos contos, estórias, livros inteiros elogiados por quase a totalidade das pessoas que as leêm, mas eu tenho de admitir, existem gêneros literários nos quais só me aventurei como leitor, nunca como autor. Pensei em reunir o útil ao agradável, quer dizer, aproveitar que tenho um talento nato para escrever e que gosto do gênero em questão, e desenvolver minha criatividade nesse campo. Encontrei por meio de um instrumento que costumo apelidar de "fuçômetro" (não se assustem com o termo, é apenas minha curiosidade procurando as coisas que me dão prazer na internet) um site denominado Letras de Sangue. O citado é inteiramente dedicado ao gênero de que estamos falando, sendo que se direciona também ao suspense, não só ao terror. Pensei então em me inscrever no site e começar a mandar brasa nos contos. Ah, sim, já estava me esquecendo: Contos de suspense eu tenho escrito, ou melhor, os que escrevi são contos policiais baseados nos contos de Poe que lia, mas que envolvem elementos de suspense; é só no gênero do terror que sou ainda 100% virgem (ô trocadilho infame que fiz agora). Acho que estou autorizado a pedir que aguardem surpresas minhas na área, não? Mudando de assunto mas continua no âmbito da internet: Essa semana que passou, meio atribulada, corrida pra mim, ainda não tive tempo de escrever uma crítica a esse sujeitinho (desculpem, não sei quem é) totalmente sem noção. Imagino que não seja surpresa aos leitores o caso recente de uma turista paulista em viagem ao Recife ter sido violentamente mordida na perna por um tubarão, tendo que amputar o que restou da perna devido a gravidade dos ferimentos mas não resistiu e morreu, salvo engano, ainda antes de receber alta do hospital. Pois bem, ouvi falar disso mas ainda não havia assistido ao vídeo do ataque em questão. Recorri ao Youtube e não tardou para encontrar o vídeo. Assisti ao vídeo. Mas aí você me questiona: "'Sem noção' é a turista, não, Jonathan?" Calma que eu chego lá. Sempre fui muito curioso, gosto de saber a opinião das pessoas sobre um determinado tema. Desci um pouco para ler os comentários postados no vídeo em questão. Um comentário me chamou a atenção: Um idiota qualquer teve a brilhante ideia de colocar a culpa do ataque no governo (ele não especificou se falava do governo de Recife, do de Pernambuco ou do Brasil). Aí EU é que pergunto: Ô seu sem-noção, jumento filho duma égua, você tem noção da enorme covardia que você aprontou? Puta que pariu, tem gente que não deveria mesmo ter nascido, caralho, vá tomar no cu! Sou eco-chato, defensor dos animais, admiro muito que as pessoas tenham uma ideia romanceada da defesa dos animais e das plantas mas sejamos francos, a natureza não é essa coisa romântica que muitos colegas eco-chatos pintam, ela não é nenhum mar de rosas, nenhum conto de fadas. A natureza em si é violenta, agressiva, atroz, fatal. Podem perguntar pra qualquer biólogo. Em sendo assim, em a natureza sendo fatal, é natural que alguns fenômenos naturais, e os ataques de tubarão se encaixam nessa categoria, terminem em morte. Eu diria que é compreensível (não, eu não disse agradável, não é agradável, pelo contrário, é desagradável pra cacete; eu disse que é compreensível, é diferente) que acabem em morte, se não em todos, ao menos em alguns casos. Devido aos sentimentos do ser humano com relação à natureza, é natural que a natureza influencie a ciência, fazendo assim com que a ciência busque estudar, conhecer a natureza, bem como é natural que a natureza influencie a política, fazendo com que a política crie legislações protetivas, tanto para a natureza, protegendo o meio ambiente da destruição que causamos nele, quanto proteger a nós da natureza, como as ações que o governo do Recife faz no caso desses ataques. As praias do Recife onde os ataques costumam ocorrer são repletas de avisos, fora que desde que eles começaram que em todas as escolas, locais de trabalho e corporações da cidade ocorrem periodicamente cursos com profissionais capacitados ensinando a população a se prevenir, se precaver dos ataques de tubarões. Melhor prevenir do que remediar, do contrário, pode ser que ocorra uma fatalidade pois nem todo ataque resulta só em ferimentos, muitos resultam em morte, o que foi o caso dessa turista. A vontade que eu tenho é de chegar junto no carinha que jogou a culpa pela fatalidade no governo e perguntar pra ele em qual teoria da conspiração ele está trabalhando no momento, ou então se ele andou misturando cachaço com tabaco, maconha, cocaína, heroína e crack. Não é possível que uma pessoa em sã consciência ache que a ciência ou a política interfiram na natureza, a manipulem. Me atrevo a dizer que não é mentalmente saudável imaginar que a culpa por uma fatalidade oriunda de um fenômeno natural (lembrando de novo que ataques de tubarão são fenômenos naturais) ocorra por culpa da ciência ou da política (governo), clinicamente falando. Pro ilustre desconhecido que julgou que isso, a morte da turista em decorrência do ataque de tubarão, é culpa do governo, sugiro uma boa análise psiquiatra. Terceiro assunto do qual quero falar, este sim tem a mãozinha do governo, no caso, o federal. Em um período que não chegou a 24 horas mas que demandou praticamente um ano inteiro de discussões e debates entre políticos e o CRM, nosso governo autorizou a diminuição da idade para tratamento hormonal para transsexuais, de 18 para 16 anos. E logo em seguida desautorizou. Que negócio é esse? Discutiram o assunto o ano inteiro, tomaram uma decisão e depois voltam atrás? Governo federal, permite-me que lhe pergunte o motivo dessa covardia? É, porque eu sou militante há décadas pela despatologização da identidade de gênero (transexualidade) , praticamente desde que descobri que um dos meus amiguinhos de infância era na verdade uma menina presa no corpo de um menino, e não concordo nem um pouco com essa medida que você tomou, a de autorizar mas em menos de 24 horas voltar atrás. Estava tudo indo tão bem. Que covardia foi essa, Alexandre Padilha, Dilma Rousseff e demais membros do governo brasileiro? Aliás, governo não, desgoverno. Isso me cheira a dedos de fundamentalistas religiosos metendo o bedelho em áreas que não lhe dizem respeito. E não adianta aos mesmos fundamentalistas religiosos infiltrarem seus pares homotransfóbicos no CFM pois eu não sou idiota nem tampouco analfabeto ou de memória curta como a maioria esmagadora dos brasileiros. Pra começo de conversa, minha memória é fotográfica. Praticamente desde que me tornei pré-adolescente , quando o principal exemplo da comunidade trans que tínhamos no Brasil era a Roberta Close, que faço questão de acompanhar via jornais toda a discussão sobre o tema. Desde essa época que leio nos jornais, ouço nos rádiojornais e assisto nos telejornais médicos do planeta inteiro creditando que a idade ideal para o tratamento hormonal, em casos de transsexualidade, deveria se iniciar por volta dos 12 anos, e que eles, os médicos, só não o faziam cada qual em seu país por questões políticas, já que na maioria dos países tal tratamento é proibido para menores de 18. Só recentemente é que os países europeus, ditos de Primeiro Mundo (sinceramente? Nunca entendi direito esse separação: Primeiro, Segundo, Terceiro Mundo e o escambau), começaram a aprovar tal tratamento para menores de 18, a maioria deles podendo começar com os 12 anos que a classe médica mundial acha mais conveniente e apropriado, desde que com a devida autorização dos responsáveis pelo menor e que tenham sido já cumpridas as metas tradicionais, incluindo-se aí o período de carência (2 anos, se não me engano), além do completo acompanhamento de profissionais (acompanhamento este que é multidisciplinar, envolvendo psicólogo, psiquiatra, endocrinologista, metabologista, andrologista, urologista e ginecologista, apenas para citar alguns profissionais de que me lembro agora). Então governo brasileiro, que covardia é essa de voltar atrás, uma vez que seu projeto contemplaria apenas maiores de 16 (que já passaram e muito da idade de iniciar tal tratamento, segundo a própria classe médica)? Acham mesmo que irei cair nesse papinho furado de que "o CFM interveio e pediu para rever o projeto"? Conversa! Sei bem quais figuras intervieram: Sacerdotes fundamentalistas nazi-evangélicos que infestam esse congresso de bosta que temos em Brasília! Esses foram os interventores que pediram para "rever" o projeto, os populares tomadores de conta do furico alheio. Desculpem os termos chulos, mas um governo que SE DIZ LAICO mas permite que fundamentalistas religiosos se infiltrem em suas políticas públicas de direitos humanos não merece meu respeito, merece é o meu desprezo. Outro assunto, este talvez mais grave devido à covardia que encerra: Recentemente um adolescente de 16 anos foi torturado, espancado e ameaçado de morte pelo próprio pai, apenas por... ser gay!!! Ô seu covardão, você mesmo que espancou seu filho: Porque você não vem aqui pra Martinópolis me pegar, amarrar em meu calcanhar essa porra dessa cordinha mixurica e não tenta jogar a mim pra fora do veículo pra me puxar de carro pela corda? Hein, seu filho da puta? Faz isso com seu próprio filho que não tem meios de se defender de sua brutalidade. Covarde, é isso que você é! Nojento energúmeno! Segue o link da notícia pros leitores saberem do que estou falando. http://www.hojemais.com.br/andradina/noticia/policia/menor-pode-ter-sido-torturado-pelo-pai-por-ser-homosexual Pra finalizar, um outro assunto, dessa vez, sobre preconceito religioso e racismo. Uma afro-descendente, não sei direito se mãe-de-santo ou filha-de-santo, costumo confundir a nomenclatura das religiões de matriz africana, - ignorância minha sobre o tema - foi desrespeitada em uma unidade hospitalar. Acho que o caso se deu na Bahia, não sei direito em qual cidade. Também foi uma reportagem online que encontrei na internet, pelo "fuçômetro". A umbandista ou candombleísta ou quimbandista, não sei direito, precisou de uma consulta médica mas, ao perguntar pelo médico no hospital, uma atendente teria sido ríspida com ela. Não contente, a ofendida procurou a intendência do hospital. Ainda teve tempo de ouvir da atendente que havia sido ríspida um comentário a outra pessoa: "Eu conheço ela, essa preta, macumbeira. Veio fazer macumba pro doutor hoje?" Algo mais ou menos por aí. Depois verei se encontro de novo o link da notícia para checar se estou falando alguma besteira sobre o assunto. Ao encontrar o responsável pela intendência do hospital, teria ouvido deste: "Saia daqui e não volte. E quando precisar de médico de novo, não procure este hospital!" Porra, pra quê essa covardia toda? Olha o dedinho de evangélicos fundamentalistas aí de novo. Tá na cara que esses destratores da senhora em questão são evangélicos. Pra eles, todos os que não são de sua igrejinha furreca que já deveria ter perdido espaço por ser irracional por demais é demoníaco. Ainda me lembro de uma história que ouvi de um ex-cunhado, sobre uma família evangélica que tinha uma filha epilética aqui na minha cidade. Ele contava que a menina caiu durante um culto e começou a convulsionar. O pastor logo tomou a dianteira, afirmando que as crises convulsivas eram obra do demônio e que iria exorcizar a menina. Os pais riram e afirmaram que era apenas uma crise de convulsão passageira, e a mãe sempre levava dentro da bolsa o diagnóstico do médico quando ia na Igreja, pois já sabia como os pastores costumam ser fanáticos. O que ela não pensava era que os fiéis poderiam ser tão fanáticos quanto. Quando ela ia pegar os exames da menina na bolsa, juntou aquele monte de gente para segurá-la e a seu marido, de modo que ficaram impossibilitados de reagir durante o "exorcismo" da filha. O exorcismo? Não passou de uma seção de socos e pontapés na cabeça da menina, mesma inconsciente, sem demonstrar reação. A menina? Se Deus existir, - e eu sou ateu, não creio que Deus exista - garanto que ela está em um lugar bem melhor do que estaria se estivesse viva. Morreu dentro da Igreja, ainda com o pastor a agredindo a socos e pontapés, vítima de um severo e irreversível quadro de traumatismo craniano, e antes que sua mãe pudesse se movimentar o suficiente para alcançar o documento com o diagnóstico médico que trazia na bolsa...

domingo, 16 de junho de 2013

Desabafo

Estou literal e profundamente decepcionado com a emissora Rede Globo de Televisão pois esta mais uma vez demonstrou uma completa desonestidade para com o telespectador. Exatamente às 23:22 h de ontem, dia 15/06/2013, durante o intervalo comercial entre a penúltima e a última parte do humorístico Zorra Total, foram mostradas cenas pinçadas do filme "anti-herói", programado para ir ao ar durante a exibição de uma de suas sessões de cinema, a assim denominada "supercine". De acordo com o site da própria emissora e com diversos blogs sobre cinema e tv da internet, a referida sessão teria início entre as 23:35 e as 23:38. Durante o intervalo comercial entre a penúltima e a última parte do Zorra Total, a emissora anunciou o Supercine para - palavras do locutor que anuncia o próximo programa - "daqui a pouco, logo após o Zorra Total". Por volta das 23:36, o citado Zorra Total findou-se. O tonto aqui que vos escreve doidinho de tudo para assistir a um filme que para mim ainda era inédito deu seus pulinhos de alegria, crente que iria assistir ao filme. Eis que do nada me entra no ar um outro programa, que absolutamente não tinha nada a ver com o anunciado. Tratava-se de um programa contendo comentários esportivos sobre o jogo de futebol Brasil x Japão. Um programa que, se não me engano, trazia o Tiago Leifert e alguns convidados, a saber: Galvão Bueno, Ronaldo Luis Nazário, William Bonner, o Caio (esqueci o sobrenome mas é aquele sobre quem todos nós tuitávamos na Copa de 2010, o #freeCaio, ou #libertemoCaio) e mais um semi-careca do qual não sei o nome (lamento, não costumo acompanhar programas esportivos pois não me interesso em pegar análises e comentários sobre futebol, então me é difícil reconhecer todos eles ligando os rostos aos seus respectivos nomes). Há que se notar aqui nesta postagem que nem todas as pessoas tem aparelho de DVD em casa e nem todas as pessoas vêem vantagem em adquirir um (eu mesmo não vejo, prefiro usar meu dinheiro para estudar, comprando livros, manuais, material de laboratório ou de música e outras coisas; não é porque pertenço à classe média alta que sairei por aí bancando o consumista e comprando tudo que é tipo de aparelho só pra dizer "eu tenho um", principalmente aparelhos que usarei muito poucas vezes ao longo do tempo) e, sendo assim, nem todas as pessoas podem ir a uma vídeo-locadora e alugar um filme para assistir. Note-se também que nem todas as cidades brasileiras dispõem de salas de cinema (a minha mesmo não tem), sendo assim não é sempre que uma pessoa pode ir ao cinema, a maioria dos brasileiros aliás o frequenta pouco, preferindo esperar o momento em que alguma emissora de tv irá transmitir um determinado filme. Notando-se que a maioria da população brasileira precisa deslocar-se para outro município para assistir qualquer filme que seja, nota-se também que o telespectador não pagará apenas o ingresso do cinema, ele terá de arcar também com as expensas da viagem, e não é sempre que temos tanto dinheiro assim para jogar fora. Voltando ao assunto, a referida emissora de tv ficou até 01:00 h transmitindo um programa de comentários esportivos, que não havia sido anunciado, no lugar de uma sessão de cinema que a própria havia acabado de anunciar para depois da Zorra Total alguns minutos ates desta acabar, e em nenhum momento deu sinal de que o tal programa de comentários esportivos iria findar para que começasse o filme. À 01:00, já de saco cheio, não me aguentando mais, estava puto da vida, fulo de raiva com esta emissora que anuncia um programa para dali alguns instantes mas transmite outro que não havia sido anunciado e que minha pessoa não tinha vontade alguma de assistir, acabei desligando a tv e fui dormir. Caso a referida emissora não saiba, há pessoas que trabalham em serviços que não podem parar e revesam sempre o fim de semana em várias equipes, sendo assim não é todo mundo que estará disponível no dia seguinte pra se punhetar na própria casa só porque será domingo; há pessoas, normalmente profissionais de saúde ou de segurança, que precisarão acordar às 05:00 em pleno domingo para pegar a condução para a cidade próxima onde trabalham. Sendo assim, não é toda a população que tem condições de ficar acordado a madrugada inteira, ainda mais aturando a um programa de tv que não lhe é interessante, só para esperar pra ver se a Globo irá afinal transmitir o tal Supercine após o programinha chato à beça de comentários esportivos. Lembro ainda que faço este desabafo não pelo programa de comentários esportivos em si pois não sou ignorante, sei que há pessoas que curtem esse tipo de programação, meu desabafo é expressamente devido a desonestidade de Globo, já que esta anuncia um programa para dali a pouco mas quando o dali a pouco chega ela transmite outro. Por aqui, estamos nas comemorações do aniversário do município de Martinópolis, porém assim que der irei visitar meu advogado, pretendo entrar com uma ação na Justiça pois quero ser indenizado pela estúpida desonestidade da Rede Globo de Televisão. Não quer transmitir o filme, preferindo transmitir um programa de comentários esportivos no lugar? Ótimo, Rede Globo, não irei questionar, é seu direito, mas então veja se pelo menos tenha a decência, a hombridade, a honradez e a honestidade de anunciar que não irá transmitir ao programa habitual daquele horário e daquela data em virtude deste outro, de comentários esportivos, ao invés de anunciar e fazer com quem está doido pelo habitual assista a algo pelo qual não se interessa. Já não chega o jogo, os comentários entre o primeiro e o segundo tempo, os comentários pós-jogo e os extensos bombardeios no noticiário (jornais, rádiojornais, telejornais e webjornais) a respeito, eu ainda tenho de aturar quase duas horas de encheção de linguíça de um outro programa análogo? Acha que eu já não estou de saco cheio de tantos comentários? Quer transmitir outra coisa no lugar, então anuncie a outra coisa, e não o habitual de costume. Anunciar um programa mpara dali a cinco minutos transmitir outro que não tem nada a ver é sinônimo de ludibriar as pessoas para mim, e ninguém gosta de ser ludibriado. Informo neste desabafo que não me interessa mais o filme "Anti-herói" nem nenhum outro que você venha transmitir, Rede Globo. Com pessoas e empresas desonestas que ludibriam os outros não quero papo. Com total desconsideração e falta de educação plena pois é só o que me resta oferecer a vocês, peguem a fita do "Anti-herói" e enfiem no cu! Irei atrás do meu direito a ser indenizado financeiramente por ter ido dormir tarde demais esperando vocês transmitirem o que vocês mesmos haviam anunciado para depois da Zorra Total e por ter assistido a algo que não pretendia assistir. Se vocês tivessem informado que não iriam transmitir ao Supercine em virtude deste outro programa, minha tv teria sido desligada ao se findar o capítulo de ontem da novela das 21:00 (até a Zorra eu acho um pé no saco, só aturo por causa do filme mesmo). Quero indenização pecuniária por ter sido vítima dessa palhaçada de vocês. Parafraseando William Bonner, "boa noite!"

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Feliz dia primeiro de abril!

Bom, galera, todos sabemos da atual situação política do país, não? Um certo pastor fundamentalista cristão, que vocês saberão qual quando lerem a minha brincadeira de primeiro de abril, anda dando o que falar. Muita gente o critica, gente até mesmo de sua denominação religiosa, pastores de sua igreja, inclusive um que atua com ele há 20 anos, e agora há pouco descobri que uma partidária dele, também do PSC (Partido Socialista Cristão; convenhamos, é uma vergonha viver em uma país que se mantêm laico em sua Constituição Federal mas permite o registro de um partido político RELIGIOSO, coisa que quiça deveria existir em uma país VERDADEIRAMENTE LAICO. Que vergonha, Tribunal Superior Eleitoral!) pois encontrei uma certa notícia que publiquei em meu perfil no facebook, onde figuro com o nome Jonathan Hamelin Malavolta (se encontrarem dificuldade, podem procurar meu perfil por lá com o e-mail j.malavolta@yahoo.com.br). Muita gente o está há um mês criticando este pastor, inclusive eu (uso a supracitada rede social para isso). Bem hoje, dia da mentira ou, como nós ateus resolvemos denominá-lo, dia do teólogo (acho que nem preciso dizer porquê, né?), resolvi fazer uma sátira a tal pastor, uma pequena brincadeira, a minha singela contribuição ao dia da mentira. Segue o texto de acordo como foi publicado no grupo Contradições da Bíblia, do mesmo Facebook: "Atels çatânicos, já que hoje é o dia da mentir..., ops!, do teólogo, e aproveitando que ganhei na loteria esportiva, estou dando início ao meu curso de Teologia (via internet sai mais barato) e, daqui a 4 anos, já formado "paxtô", começarei a carreira defecando pela boca contra negros, mulheres e homossexuais e pleitearei ganhar a Presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara de Deputados da República dos Bananas (pra não dizer "covardes") Unidos do Poder de Chezuz-Randômico do Kamen-Ramen-Ráááááááá (que convenhamos, é laica só na porra do papel)." E aí, já conseguiram identificar de quem falo? Creio que sim. Agora estarei ficando off, ainda tenho de cuidar de meus cães, tomar café (que fome!) e ir ensaiar minha flauta doce, porém quero publicar esta brincadeira que fiz e compartilhar o link dela no Facebook. Beleza? See you soon, guys!

sábado, 19 de janeiro de 2013

Obrigado pela negligência!

Hoje, atearam fogo no lote de terreno que situa-se entre minha casa e a de um de meus vizinhos de fundo de quintal. Despejaram gasolina no mato e riscaram um fósforo. Vi um homem, de tez pardacenta, passar com olhar de admiração para a obra e ele estava portando um galão em uma das mãos, de onde também parecia emanar um cheiro forte de gasolina (não sei se continha mesmo gasolina ou se era apenas uma ilusão olfativa que eu estava sentindo, devido ao fato do mato ao lado de minha casa estar fedendo a gasolina). Na mesma hora, entrei para dentro de casa e corri pelos quartos a fechar as janelas (a fumaça estava alta e já havia impregnado as roupas que estavam no varal, teremos de lavá-las tudo de novo) pois a fumaceira que fazia já estava começando a entrar. Telefone na mão (a princípio me confundi e acabei discando 192, o número da ambulância; o atendente me confirmou o número do corpo de bombeiros, 193): " - Corpo de Bombeiros da Polícia Militar, boa tarde!" " - Boa tarde, me chamo JONATHAN e sou de Martinópolis. Acabaram neste exato momento de atear fogo em um lote de terreno baldio ao lado de minha casa." O atendente respondeu: " - Como é, SENHORA (?)?" Eu me apresentei e fiz a denúncia novamente: " - Me chamo JONATHAN e sou de Martinópolis. Estou ligando porquê jogaram gasolina e atearam fogo no mato que tem no lote baldio vizinho à minha casa." " - Minha SENHORA (?), o fogo está alto?" " - O fogo eu não sei, mas a fumaça está insuportável e sofro de bronquite (na boa, praticamente todo mundo daqui sabe que sofro de bronquite), a fumaça me faz mal. Já empesteou as roupas do varal e por pouco não empesteia o interior da casa. Está um mau cheiro, um fedor insuportável." Como não podia deixar de ser, mesmo eu já tendo dito meu nome por duas vezes, o atendente pela terceira vez me tratou no feminino: " - Minha SENHORA (?), se o fogo não está alto, então não é caso para os bombeiros pois não coloca em risco as residências ao redor." (Não coloca em risco de serem queimadas. Mas e quanto à Saúde dos moradores ao redor? Não conta? Fumaça não apresenta risco de nos intoxicar? Só sendo irônico mesmo.) Eu agradeci: " - Bom, se não é caso pros bombeiros, então desculpe. Tenha um bom dia." Eu mesmo é que tive de ir apagar o fogo, correndo o risco de ser intoxicado pela fumaça ou pela gasolina ou por ambos. Coloquei a boca da mangueira, que é de jardim, nem de longe tem o mesmo tamanho nem a mesma potência da mangueira dos bombeiros, na torneira da garagem, coloquei o resto da mangueira na rua, abri o portão de casa, abri a torneira e fui à rua tentar apagar o fogo. Meu vizinho me viu apagando o fogo, me perguntou quem tinha ateado fogo ali, respondi que não conhecia a pessoa mas vi seu rosto, poderia identificá-la. Ele me perguntou de novo se liguei para os bombeiros e respondi que sim, mas os bombeiros se negaram a atender esta ocorrência pelo simples fato de eu não ter sabido informar se o fogo estava alto ou não, só sabia que a fumaça estava alta e o cheiro da gasolina já estava me fazendo mal. Bem, este é mais um exemplo do porquê de eu odiar cada vez mais o funcionarismo público no Brasil, parece que nossos funcionários públicos estão mais para batedores de punheta em horário de serviço do que para quem deveria mostrar serviço, fazendo jus aos salários que recebem. Esta postagem serve então para duas coisas: Primeiro, gostaria de agradecer ao atendente do corpo de bombeiros por sua ignorância em não saber que o nome JONATHAN, o qual lhe foi dito como sendo o meu e por mim mesmo a ele por duas vezes e me confundido com uma mulher, mesmo eu já sendo homem feito, com quase 36 anos completos, é do gênero MASCULINO (daí a minha insistência em colocar entre parênteses ponto de interrogação após o SENHORA em meu texto, "(?)") e em segundo, também gostaria de agradecer ao atendente do serviço 103, Corpo de Bombeiros, pelo seu notável desprendimento em realizar um completo serviço de negligência. Obrigado, Poder Público de Martinópolis, por mais este desserviço prestado a um morador deste pequeno mas singular município. (a) Jonathan 'Hamelin' Malavolta, músico, escritor, poeta, enxadrista e martinopolense de nascimento e de moradia.