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sexta-feira, 30 de abril de 2010

45 - Flauta Mágica

Minha flauta não é mágica,
Como a do excelente Amadeus,
Mas se presta a tocar seresta,
À estes caros ouvidos teus.

Ela ao menos toca tanto assim,
Nem toca tão bem somenos,
Mas dá-te dádiva sem fim,
E arranca teus calmos suspiros.

Te faço suspirar com minha música,
Te faço minha música cantar,
Minhas notas transformo em fuga,
Para tua alma acompanhar.

Me transformo então em teu regente,
E te transformo em minha orquestra,
Faço-te acompanhar até pelo trompete,
Faço-te entoar a mais bela seresta.

Uma música em poema deixo a ti,
Não é segredo para ninguém,
À preciosa jóia que amo sem fim,
Deixo esta poesia e algo mais além.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

44 - Escotismo

Já pratiquei o escotismo,
Baden-Powell que o diga,
Mas não o fiz por turismo,
Não me foi capricho desta vida.

O fiz pra semear sementes,
De alegria e livre afeto,
Para todas as gentes,
E viver com o mais puro peito.

Já brinquei debaixo deste teto,
Montei barraca e pesquei,
Dono dum jeito desconexo,
Nas searas da vida acampei.

A esse esporte campestre alento dei,
Todo vigor e alegria que poderia,
Quando o fazia, me sentia um rei,
Da vida, esta imensa pradaria.

Ao escotismo deixo agora,
Meu largo e fiel sorriso,
Meu jeito maroto qu'inda vigora,
Junto ao meu suave brio.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

43 - Alma Abluída

Estou à-cá de alma abluída,
Já não era sem tempo porém,
Que a veria assim tão linda,
Foi de tanto mamãe rezar amém!

Quero ir mais longe ainda,
Quero algo novo para mais além,
Quero buscar a cara lida,
Pra tornar minh'alma mais zen.

Porque alhures minh'alma freqüentara,
Não sei ainda como dar esta resposta,
Só sei que me livrei já da amarra,
Que minh'alma martirizara.

Quero dar pulos de alegria,
Enaltecer minh'alma sadia,
Alma agora já não mais ferida,
Com o que vil algoz me trazia.

Só quero terminar meus dias em paz,
Ser feliz daqui até o fim da vida,
Quero viver sem errar nunca mais,
Ou aprender com os erros desta feita.

Que erros seriam estes,
Senão os que trago ao peito,
Estampando as sementes,
Estas que semeei com tanto jeito?

Semeei minh'alegria, junto ao mundo,
E o prazer que esta vida sempre me deu,
Mas não quero mais seguir vivendo,
Sem receber especial carinho teu.

Prefiro ser homem sem teto,
Se não puder viver sob teu afeto,
Quero morrer dum ataque ao peito,
Se não puder te amar do mesmo jeito.

Espero que reconheças este caro poema,
Escrever poesia é meu grande tema,
Deste mote, sempre fiz meu lema,
De seu amor, faço com rima rico emblema.

Me ame pra sempre, assim como te amo,
Não aguardo de ti mais nada de menos,
Um bobo eu seria sem o teu carinho,
Quero continuar por isso assim mesmo.

terça-feira, 27 de abril de 2010

42 - Vazio Existencial

Como posso preencher este vazio,
Que agora teima a me afligir?
Como posso vencer sem brio,
Aqueles que desandam de mim a rir?

Pessoas existem que não nos merecem,
Fato verdadeiro, costumeiro,
Há porém também aquelas que sempre sorriem,
A nos encontrar calmo e faceiro.

Sorrateiro somos todos nós,
Em dado momento desta vida,
Principalmente quando a sós,
Ficamos a procurar o que nos esvazia.

Vidas vazias é só o que temos por ora,
Só não sabemos como torná-las cheias,
Sabemos só que o necessitamos sem demora,
Pra poder tirar nossas vidas das ameias.

Nas ameias do castelo vazio estamos agora,
Quero encher minha vida com o mesmo vigor,
Este mesmo vigor que já tive outrora,
Este mesmo que me fora imposto a rigor.

Só não sei no entanto, qual o proceder,
Para este vazio existencial que tenho agora,
Quero de novo minha vida preencher,
E mandar minha atual tristeza embora.

Se alguém souber como procedo,
Favor me redija uma epístola,
Para receber-te, construo logo cedo,
Da mais hábil mão a cara edícula.

Espero ansioso por uma carta,
Me ensinando o proceder desta feita,
Deve ser coisa bem farta,
Pra me livrar desta maleita.

Espero em vão somente agora,
Espero tua carta sem demora,
Quero que esta venha com a aurora,
E que venha sem o vazio de outrora.

Esta poesia findo agora,
Aguardo apenas o raiar da aurora,
Amanhecer sublime, venha sem demora,
Acabe com o vazio que em mim vigora.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

41 - Tempo Apertado

O que fazer quando o tempo é curto, apertado,
E não nos sobra tempo para mais nada nesta vida?
O que fazer com este vazio que nos é tornado?
Sinceramente, tal não sei responder desta feita.

Pra ser honesto, não há resposta em nossas mentes,
Quando a vida nos prega a peça do tempo apertar,
Não se dá para alçar vôo nem sequer lançar sementes,
O tempo curto não nos deixa direito pensar.

Só sei que tempo curto, ficamos apressados,
Não conseguimos atinar direito o pensamento,
Se não estressados, ficamos extenuados,
Com todo este desagradável momento.

Quem dera ter mais tempo pra viver,
Iria poder ser zilhões de coisas,
Coisas que ainda não deu pra ser,
Iria poder até curtir todas as filosofias.

Quem dera minha vida ter mais tempo,
Mais tempo pra seguir vivendo,
Alegre, sorrindo, cantando por mais um momento,
Cantaria até mesmo pra quem não estivesse me vendo.

Sem tempo pra continuar, me cerro agora,
Já chegou o raiar da eterna aurora,
É tempo já de ir-me embora,
De jazer meu tempo afora.

domingo, 25 de abril de 2010

40 - Escrever é ...

Esta poesia resolvi dedicar,
Ao ato de redigir, escrever,
Esta poesia deverá tornar,
Mais belo o meu prazer de ser.

Sinto um prazer imenso,
Quando estou a escrever,
Redijo com vontade um texto,
Não me importo com quem vai ler.

Quero apenas escrever,
Seja em verso ou em prosa,
Quero apenas escritor ser,
Este poeta cheio de bossa.

O que seria de mim sem a escrita?
Não teria como transmitir o que penso,
O que sinto, o que desejo, nesta vida,
Nem como expressar um singular momento.

Não sei se saberia, nesta vida,
Me expressar de outra forma,
Se não fosse através da escrita,
Se não conhecesse gráfica norma.

Expresso agora meu apreço,
Pelo prazer, paixão em escrever,
Deixo neste prezado, caro momento,
Toda a emoção que sinto ter.

Deixo a todos um apelo:
Deixem de lado o preconceito.
Escrevam, redijam, o que queiram,
O que sintam, o que sonham, o que almejam.

Não deixem nenhum momento passar,
O poder da escrita é uma dádiva,
Escrevendo pode-se até mais amor dar,
Até mesmo a prece que a Deus louva.

Estes textos quis deixar de graça,
Sou indivíduo sincero, boa praça,
Deixo o mais meigo amor que sinto,
Em descrever este lindo momento.

sábado, 24 de abril de 2010

39 - Fascinação

Esta poesia que redijo agora,
Homenageia em verdade a boa música,
Que tem prezado título desde outrora,
E a tal poesia deita toda tua magia.

Tal música me dá gosto ouvir,
É romântica bem de leve,
Tem a leveza que necessito sentir,
Sem ser mui longa nem breve.

Esta poesia resolvi deixar,
Para a Fascinação homenagear,
Bem que eu queria saber cantar,
Viveria a esta música entoar.

Cantaria todos os teus DÓ-RÉ-MIs,
Prefiro esta aos funks vis,
Mas nada tenho contra estilos outros,
Só não gosto de sentir péssimos sons.

Ouvidos sensíveis são outra coisa,
A gente precisa de sons mais brandos,
Captar da música toda a poesia,
E não os mais baixos desmandos.

À Fascinação quero deixar,
Minha poesia que agora escrevo,
À ela vou homenagear,
Com estas palavras de brio faceiro.

Podem ser em poucos números,
Estes meus sinceros vocábulos,
Mas foi a forma que encontrei,
Para fazer desta música lei.

Meus parabéns a seu excelso compositor,
Do qual ainda não me tornei cantor,
Não sei se tenho jeito para tanto,
Então deixo de presente apenas meu encanto.

Lamento não saber cantar,
Nem ao menos um trecho,
Queria ao menos saber tocar,
Nos instrumentos que em casa tenho.

Só isso bastaria, pra minha alma alegrar,
Só isso bastaria para me acalentar,
Acalentar meu espírito desalentado,
Com o hoje existente vil enfado.

Queria ter tua partitura,
Garanto que a aprenderia,
Mesmo que fosse da forma mais dura,
Porém o faria com total maestria.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

38 - Cinofilia

Cinofilia: Hobby ou profissão?
O que seria esta nobre arte,
Senão algo relacionado ao cão,
Este amigo que temos à parte?

Alguns a professam como hobby,
Benfezajo para abrandar ao espírito,
Fazem dela seu único lobby,
O qual nesta poesia deixo em registro.

Outros a vêem como profissão,
Usando-a para o sustento ganhar,
Trabalham-na quase como um artesão,
Ao próprio bolso com moedas enfeitar.

Moedas enfeiam o bolso, a vida,
Mais vale, pra mim, ser poeta,
Faço uso emocional agora de minha poesia,
E registro o que penso desta feita.

Ser cinófilo e gostar do cão,
Coisa igual no mundo será que há?
Não faço idéia de como responder esta questão,
Só sei que amo meu amigo-cão, tá?

Agora esta poesia irei findar,
De meus cães preciso cuidar,
Deixo a todos um lindo sorriso,
Com meus votos de um bom dia infinito!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

37 - Eterna Poesia, Terna Magia

O que dizer do mundo da poesia,
Senão que é terno, eterno,
E vive a deitar alegria,
Ao nosso mundo funesto?

Mas porque funesto seria o mundo?
Por que vive atroz, perdido,
Vive com um semblante obscuro,
E com a senda do crime hediondo.

Por isso que digo: Poesia já!
Poesia agora e sempre, com louvor,
Poesia para trazer ao mundo a doce alegria,
E o mais tenro, terno amor.

Amor este que não necessita ser em demasia,
Se for demasiado, é capaz de virar demagogia,
É perigoso que vire demagogia, isso não queremos,
O que queremos é da paz da qual tanto precisamos.

E essa paz conseguiremos como,
Senão através da alegre poesia?
Minha poesia não está, no entanto,
À venda, não é essa falsa demagogia.

Não se encontra no mercado financeiro,
Uma obra como a minha, tão plena de amor,
Não sou indivíduo tosco, mulambo, fuleiro,
Quero apenas dar à vida algo indolor.

Minha poesia é multi-cor, é um pedaço, um recanto,
Cheio de requinte, de vida, pleno de amor,
Minha poesia é esse belo e rico encanto,
E dela eu sou o único e prolífico escritor.

Quem quiser copiar, que copie,
Não estou nem aí pra isso,
Por favor no entanto, avalie,
Do direito autoral o verdadeiro risco.

Minha poesia eu deixo de graça,
Para a fraterna prosperidade,
Minha poesia é muito boa praça,
Rica em vigor, talento e arte.

Então um afetuoso amplexo eu deixo,
A quem quiser vir até aqui apreciá-la,
Minha poesia eu deixo sem ao menos,
Sua vida com minha rima acalmá-la.

Quem gostar, gostou, bom proveito,
Quem não gostar, julgar mal redigida,
Que redija outra, aproveite o ensejo,
Que deixo à-cá junto com total maestria.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

36 - Alegre Música

Fazer música é uma arte,
Imitação à lá pantomina,
Embora nem sempre à parte,
Se faz presente e predomina.

Mas predomina onde,
Senão em minha vida?
Sou bisneto de um Conde,
E fazer música é minha sina.

Faço para alegrar meu coração,
Assim como redijo poesia,
Fazer música é a minha ação,
Para alegrar minha vida.

terça-feira, 20 de abril de 2010

35 - O Retorno do Transtorno

Eis aí uma boa frase,
Sem eira nem beira,
Merece entrar nesta fase,
Deste livro em poema.

Frase tão digna de comédia,
Faz qualquer um dar risada,
E deixar de fazer média,
pra cair na gargalhada.

Resolvi depois do retorno,
Esta poesia elaborar,
Vim brincar com o transtorno,
Bem alegrinho irei ficar.

Que dilúvio de risadas me aflige,
Só de lembrar da graça que esta me traz,
Também me recordo com saudade,
Da alegre infância que agora jaz.

Jaz mas de vez em quando,
Retorna a meu peito acalmar,
O bom humor da infância eu mando,
A todos que queiram comigo se alegrar.

domingo, 18 de abril de 2010

34 - Sono

Ai, que sono infantil e gostoso,
Estou a sentir neste caro momento,
Orfeu mais carinhoso e afetuoso,
Acalmando meu obtuso desassossego.

Melhor desligar-me de tudo,
E no berço ir-me deitar,
Já fiz do impossível um ludo,
Agora é hora de ir dormitar.

Minha cama jaz só à minha espera,
Preciso terminar apenas mais esta,
Esta cara poesia maestra e esperta,
Mais uma para minha literatura honesta.

Agora irei parar, findar, terminar,
Preciso na horizontal me colocar,
Já está me dando vontade de ir nanar,
Estes pequenos versos já irei terminar.

Agora findo este pequeno poema,
E na minha cama irei me assentar,
Prezo que fiquem bem na vida,
Um abraço e um beijo vou lhes deixar!

sábado, 17 de abril de 2010

33 - Promessas

Neste mundo tão moderno,
Vivo a deparar-me imenso,
Em qualquer dia hodierno,
Em qualquer horário tenso.

Mas com quê me deparo?
Com promessas vãs, vazias,
Tão sem sentido nem amparo,
Soam como vãs filosofias.

E o que dizer de tais engodos?
Sim, são engodos, estas promessas.
Promessas de tão vazios enganos,
O que faremos com tais egressas?

Estão sempre voltando, vãs promessas,
Voltando com mandos e desmandos vis,
Volta e meia voltam mais estressas,
Implicam até com o belo arco-íris.

Eu é que não vou ficar aqui a curtí-las,
Prefiro carregar, musicar qualquer poesia,
Minhas poesias não encarnam vilãs alheias,
Tais promessas carecem da eterna magia.

Em teimar com tais promessas morremos sós,
Ninguém gosta de ficar no eterno vácuo,
Esse vácuo do imenso nada, infinito, é atroz,
Mais atrozes são essas promessas, é o que falo.

Minha boca não tem semente para refutá-las,
Minha mente não consegue nem pensar em nada,
Nada de útil para ofertar nestas contendas,
Estou vazio, vivenciando o imenso, eterno nada.

Vou findar mais esta obra, por ora,
Vou findar junto com o anoitecer,
Dormitarei até o doce raiar da aurora,
Mas tornarei após o belo alvorescer.

Quero ver quem conseguirá então,
Refutar as vis, vazias promessas,
Minha mente agora só sonha em vão,
Mal consigo fechar minhas pestanas.

Porém quando Orfeu nos chama,
Tenho certeza, o sono logo vem,
Agora minha cama meu corpo reclama,
Quer minha companhia até mais além.

Então findarei mais este poema,
Já não tenho mais nenhuma semente,
Não sei com que semear dita feita,
Não sei quem ainda me agüente.

Termino aqui esta poesia,
A termino sem n'algum receio,
Sem medo de toda mestra magia,
Está na hora de meu suave recreio.

Vou parar agora, sem demora,
A todos deixo um doce, suave beijo,
Preciso para o berço ir embora,
Minha boca já está em franco bocejo.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

32 - História Feliz Maranhense

Nascer, no Maranhão, há 21 anos,
Nas fartas terras do Maranhão,
Aqueles lindos e sedosos cabelos,
Que, depois, cresceriam como juba de leão.

Mas o que faço agora, com os cabelos,
Estes mesmos que já te cresceram?
Cresceram, e combinam com teus olhos,
Estes olhos que teus genes teceram.

E teceram com cuidado e zelo,
Para que se transformassem,
E, como tudo que é tão belo,
Viraram esta feliz história Maranhense!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

31 - Ao Cordelista Antônio Barreto

Meu caro, dileto mancebo,
Recebi e-mail de um bom amigo,
E-mail que te trouxe como escritor,
E-mail que veio denunciar teu alto valor.

Acabei por me furtar um momento,
Momento de tudo quanto semeio,
Parei para ler tua cara ciência,
Dita em verso e com sapiência.

Porém, suponho que esquecera um detalhe:
O Big Brother Brasil não é entalhe,
Celebrado pelo jornalista Pedro Bial,
Não entendi também quando o chamou Pedro Bienal.

Acaso estarias mandando-o ler um livro,
Aumentando própria cultura de casa de vidro?
Não sei qual foi tua verdadeira intenção,
Porém entendo de lúcida mente tua razão.

Também eu não concordo com tal programa mentecapto,
As ditas "belezas" deste vil programa não capto,
Nem estou diante da tela da Globo neste momento,
Considero o BBB um real, notório e insólito tormento.

Só clamo a ti que não te esqueças, bom poeta,
Pedro Bial é apenas um jornalista, bem porreta,
A serviço do Boni, este sim o vil capeta,
Que nos trouxe este BBB, o grave problema!

Grave por não satisfazer a cultura brasileira,
Problema por não trazer nada em forma de poesia,
Nem sequer trata-se de n'alguma literatura,
É um chato que minha mente não atura.

Garanto que a tua também não,
Tu pareces um rapaz de brio são,
Então escreva nova poesia, dileto,
Metendo o pau no mentor verdadeiro.

Pedro Bial apenas cumpre as ordens do Boni,
Este tremendo cara-de-pau não passa frio nem fome,
Mas finge conhecer a realidade de nosso Brasil,
Finge o Big Brother ser programa valente e varonil.

Só nos coloca todo apelo sexual,
Não se presta nem a sensual,
Não passa de apelo vulgar, putaria,
Repleto da mais vil baixaria.

Posso pedir ao gentil mancebo,
Rapaz creio também faceiro,
Dirija ao Boni teus achaques,
Bial Segue-Ordens, não merece ataques.

Chame a Rede Globo de animal,
Esta rede estupenda, fenomenal,
Esta sim merece xingamentos,
Por nos trazer vis tormentos.

Com um programa tão barato, boçal,
Esta sim merece ser inculcada de animal,
Uma rede que já foi outrora boa, agora banal,
Vive a nos trazer tal lavagem cerebral.

Coitado do ilustre Pedro Bial,
Não é nenhum pobre animal,
Está a seguir ordens somenos,
E você o está tendo de menos?

Que rebaixamento de estima,
Deste empregado brasileiro,
Empregado pela Globo estigma,
Trouxe programa de tormento.

Big Brother Brasil, tu és vulgar,
Boni e da Globo diretores, animais.
É só o que digo por ora, aliás,
Tal BBB, em casa não tem lugar.

Não dou assento a meu sofá,
Só pra assistir tal besteira,
Besteira que só meu ego atormenta,
Besteira que rola só na esteira.

Não acompanho esta vil baboseira,
Sem eira nem beira, vulgaridade banal,
Quero que toda esta corja prezepeira,
Perca audiência e se dê bem mal.

Nada tenho contra n'algum programa,
Desde que traga insólita cultura,
Mas pra este BBB não dou minha grana,
Tenho inteligência com desenvoltura.

Prefiro programa à lá J. Silvestre,
Este sim, trazia algo útil ao Brasil,
Este país varonil, selvagem e agreste,
Não preciso curtir besteira perene e vil.

Então meu caro Barreto,
Deixo cá meu lamento,
Na esperança que ataque,
Quem merece o achaque.

Pedro Bial não, a Globo,
Esta sim, vil animal,
Nos tira cultura e sono,
Com cultura infenomenal.

Foi-se o tempo em que tal emissora,
Era plena de cultura promissora,
Hoje porém nos atormenta com fuleiras,
Repletas de mais torpes, vis asneiras.

Espero que um dia melhorem isto,
Tal subordinação merece ter fim,
Bial é jornalista benquisto,
Com a ciência merece estar afim.

Demita-se do BBB, caro Bial,
Para que não sejas equiparado,
Ao Boni, este sim um animal,
Prefiro um Bial aculturado.

Agora estes versos irei findar,
Preciso esta poesia terminar,
Mas deixo à Globo um apelo,
Pare com o BBB, sórdido tormento!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

30 - Ablepsia

Como redigir um texto qualquer,
Se me encontro agora neste estado,
Estado mental que ora aflige meu ser,
Esta ablepsia me torna um abnegado.

Abnegado no que respeita à mente,
No que sujeita à sorte meu intelecto,
Um poeta sem palavras, sem semente,
É como me concentro em tal momento.

Como contornar este problema,
Isso já não sei responder, dizer,
Só sei que redigi mais este poema,
Buscando inspiração só pra contradizer.

Pra contradizer meu próprio ser,
E meu semblante agora desfigurado,
Pois sem olhos já não posso ver,
Poema livremente desenhado.

Se n'algum dado momento,
Minha inspiração voltar,
Voltará com tanto alento,
Fará minha mente vibrar.

E vibrarei de alegria,
Tanto quanto puder imaginar,
Escreverei nova poesia,
Assim que a inspiração voltar.

terça-feira, 13 de abril de 2010

29 - Acaudilhado por um Sonho

Estou preso, inerte, neste sonho,
Um verdadeiro manicômio,
A me corromper a mente,
Destoando o que me há de decente.

Estou a sofrer com este caudilho,
Me desfaço em seu profundo martírio,
Qual promíscuo campo que semeio,
Sem saber para que me veio.

Vem-me a terna lembrança,
Da vistosa infância que tive;
Agora, já em púbere idade,
Não tenho mais toda aquela lambança.

Só me resta este adormecer profundo,
Sono que não me desperta nem por um segundo,
Nem pelo decreto já profetizado,
Serei agora libertado, sorteado.

Só me resta o desejo desta carta,
Que minha manidestra tece, sorrateira,
Luxuriamente ao sono destoado,
Então irei servir de mártir.

Ainda me resta a mente farta,
Imagino a prece mais bisbilhoteira,
Ir ter com o caudilho entronado,
Orar ao seu Espírito Santo.

Terei tempo ainda de ver brotar,
Do campo semeado com amor,
Um anjo de mais puro verbo amar,
A vir me tirar mais esta dor.

Como sofro com este sono, este sonho;
Transtornado, amargurado me sinto,
Por mais que pesadele pouco, muito pouco,
Sinto na boca este gosto de absinto.

Este pesadelo torna-se a cada dia,
Um verdadeiro abrolho para minh'alma sofrida,
Já não consigo mais nem parar em pé direito,
Com o corpo tão atravessado, teso, ereto.

Já não sei mais o que faço,
Deste sonho indigesto, duro,
Não sei mais como meço,
As letras a formar meu verbo.

Queria ter por mais uma vez,
Por puro, lírico prazer,
A nudez da palavra fina,
Descrever o que me assenta.

Mas não sei se conseguirei,
Ao menos terminar mais esta página,
Não sei mais se ainda sonharei,
Meus alvos sonhos da infância.

28 - Abrir um Desejo

Estou agora neste momento,
Abrindo um doce, sublime desejo,
Desejo de encontrar a Bela Adormecida,
Desejo de ir ver a Aurora de minha vida.

Desejo este que não vai-se embora,
Em minha casa se demora,
E em minha alma chora,
Pois ao meu peito não consola.

Para que consolar coração tão acostumado
Com um amor tão amaldiçoado?
Amor este em coma, desfalece, chora,
Vendo o triste sofrer da encantada Aurora.

domingo, 11 de abril de 2010

27 - Noite Abu

É este o silêncio noturno,
O abu que sempre almejo,
Para melhor labutar meu sono,
E ter o sonho que tanto desejo.

Sonho este que pode ser até acordado,
Ou então adormecido somenos,
Se adormeço um tanto plácido,
Meu sonho fica como a Vênus.

A Vênus, mulher tão bela,
Deusa tão distinta, distante,
Vive no Olimpo, Grécia bela,
Com suas curvas insinuantes.

Porém, se o sono é um desassossego,
Já sonho com a Aracne tecendo sua teia,
Teia que serve de armadilha ao ego,
Que deixa sem tráfego sangüíneo minha veia.

Deixo meu sangue somente,
Mas não me abrevio do sono,
Irei, sim adormecer minha mente,
Melhor dormir do que ficar insano.

sábado, 10 de abril de 2010

26 - Abrevando o Encéfalo

Cá estou a procurar no Aurélio,
Palavras e mais palavras,
Para melhor abrevar meu encéfalo,
Abrevar dessa sede que me chama.

Uma sede que só sabe reclamar,
Reclama por conhecimento,
Quer aprender um novo vocabular,
A tecer mais um momento.

Mais um momento de requinte,
Um requinte de se esbaldar,
Se esbaldar com novo léxico.

E se não aprender vocábulo seguinte,
Meu encéfalo irá se esfarelar,
Tornar-se-à sem nexo nem sentido.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

25 - Abobora

Se abobora minha dona,
Jaz tranqüila em sua cama,
Nesse tempo todo de coma,
Fazendo da minha vida, zona.

Não sei mais aonde está,
Todo aquele amor que sentia,
Ainda sinto aquele ardor,
Mas não sei mais a quem dar festa.

Se é ardor o que sinto,
Isso não sei responder,
Só sei que ainda amo,
Esse alguém que faz parte de meu ser.

Só sei que me sinto sofrer,
Mas não sei por mais quanto tempo,
Qual tempo irá demandar,
Até meu coração acordar.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

24 - Figura Abemolada

Desta feita, teço, de mão cheia,
Mais esta exótica poesia,
Teço-a à figura abemolada,
Que tanto amo nesta vida.

Um tecer que não é cozer,
Nem ao mesmo tempo coser,
É apenas um eterno crescendo,
Que cresce a todo instante em meu peito.

Um peito já cansado de sofrer,
Mas que ainda gosta de você,
Ainda sofre sem sentido,
Pela figura de seu ser.

Se seu semblante não se importa,
Quero lhe ver sorrir eternamente,
Um sorriso que sempre me exorta,
E mais animado fica meu semblante.

Se mais uma vez puder lhe ver sorrir,
Ficarei contente para toda vida,
Uma vida que me faz sofrer e rir,
Essa vida que quer deixar de ser sofrida.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

23 - Abalo

Fico a pensar, divagar,
Sobre minha vida eflúvia,
Pensando em perfumar,
Tua existência abiscoitada.

Mas nem sempre se pode adornar,
E adorar tua pronúncia clara,
Com minha figura abichornada,
Tua face extremamente rara.

Se o fosse tentar, causaria abalo,
Ao semblante conjugado,
Mas desconjugo o que falo,
Por não saber ofertar meu outro lado.

E este abalo agora consumado,
A consumir minha mente está,
Vai se tornando demasiado,
Consumindo mais uma festa.

Agora é abalo embriagado,
E nenhuma sobriedade resta,
Se já é o fato consumado,
Só nos resta dormir mais uma sesta.

22 - Desde Então ...

Desde então ...
Quando fui viajar,
Uma viagem de sopetão,
Mas foi viagem devagar.

Desde então ...
Me relembro de você,
Quando começo a sonhar,
É o seu carinho doce,
Que me faz pensar.

E desde então ...
Ao chegar a primavera,
A primeira emoção,
Logo penso em você,
E em seu coração,
Que sempre me lisonjeia.

terça-feira, 6 de abril de 2010

21 - Marilu

O meu amor,
Tem um jeito de ser,
E eu não consigo,
Sem você viver.

Por isso lhe digo,
Venha ser meu fruto,
Serei seu figo,
Um fruto louco.

Sou louco,
Louco por ti,
Se vou a você,
Venha a mim.

Toco o meu pinho,
Pensando em "tu",
Vamos ser "amigos",
Amiga Marilu?

segunda-feira, 5 de abril de 2010

20 - Abocadura de Minha Menina

Que tarefa é esta, menina,
Tarefa mais explícita,
Aos olhos da cidade inteira, maninha,
Tu és auxiliar de dentista?

Neste fiel trabalho de jamais faltar,
A tua abocadura se encaminha,
Nesta profissão que lhe é faculta,
Por que não estudas a Odontologia?

Se tu não quiseres, tudo bem,
Sem delongas, minha boca fica caladinha,
E agora, me desculpe, sem mais, porém,
Subscrevo: Perdoe este Pero Vaz de Caminha!

domingo, 4 de abril de 2010

19 - Wendy

Ela nascera linda,
Bem pequenina,
Cabelos louros, escorridos,
Cresceu, e se tornara linda.

Era bem bonita,
Minha amada irmãzinha,
Seu nome é Wendy,
Mas a corruptela é "Dy".

Ela é da família,
Foi meu 1º. amor,
A 1ª. paixão,
Digo isso do fundo do coração.

sábado, 3 de abril de 2010

18 - Guerreira Maria Célia

Mãe,
Amiga em todas as horas,
Ri, quando está alegre,
É radiante como a lua,
Amavél em todas as horas.

Cozinha muito bem,
É espontânea,
Os filhos lhe adoram,
Lisonjeada ficará,
Quando ler este poema.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

17 - Melhores Amigos

Bons amigos não brigam,
Bons amigos não se quebram,
Bons amigos não se odeiam,
Bons amigos não são inimigos.

Os amigos que se prezam,
Jamais se confrontam,
Amigos de verdade, para o bem do outro,
Todo santo dia, eles rezam.

Bons amigos, sejamos, da humanidade,
Da humildade,
Bons amigos, sempre sejamos,
E, até a morte, então, naveguemos.

Bons amigos são fiéis,
São leais,
Não brigam entre si, e não têm a falsidade, e não se traem,
Porque, da gente, são os melhores.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

16 - Nossa Língua Portuguesa é Uma Surpresa!

Esta é a história de uma língua,
Língua falada, e língua escrita,
Que mais se assemelha a uma íngua,
És a língua que se ingurgita.

Proveniente do latim,
Que é teu idioma pai,
Dos brasileiros, és ínhaca, enfim,
Suportas nossos erros, sem único ai.

De Portugal, és o espeque,
Sinônimo de amparo, arrimo,
Ainda tens jeito moleque,
De franca formação que tanto amo.

Amo, porque te estudo,
Para esta poesia, adscrever,
Por ti, morro dum escrúpulo,
Pois, comigo, tens tudo a ver.

Não me negues, quero te prever,
Nesta minha singela poesia,
Te deixo me desejar, querer me ler,
Se me deixares ser espelho de tua vida.

Se estas rimas não te fazem jus sentido,
É porque as escrevi, desconhecendo-te na integridade,
Pois me foi um repente aduzido,
Registrar, a ti, minha lealdade.

Adveio aos brasileiros silvícolas, ainda,
Com os jesuítas portucalenses, ó língua singela,
És a língua-mãe, que, conosco, brinca,
De todas, é a mais formosa, sincera, e bela.

Nossa língua portuguesa, ainda nos é surpresa,
A ti, encômios, nossa nação te fazes, mestra faceira,
A ti, minha destra mão tece tão poesia bela,
Pois, de todas as línguas, tu fostes minha mestra primeira.

De que vale, doutas coisas conhecer,
Fazer de nossa vida, bocejo sobejado,
Se nossa própria língua, a saber,
Nos surpreende, dificultando caminho tropezado.

É por isso, que tu, vou estudar, ó língua pátria,
Se em não te conhecer, nossa glote se faz tronga,
Quero te botar, num poema de fina prata,
Se não te desse valor, me diria trouxa.

Do latim, és parente transversal,
Ó portuguesa, brasílica, amada língua,
És, de nós, o encômio fardo árduo, universal,
És nossa mestra primeira, és a mais amálgama amiga.

Uma poesia, à minha favorita, transverberei,
Em te estudando, sou indivíduo sôfrego, trapizonga,
E se tornas difícil, a mim, logo saberei,
Pois és, de minha nação, de meu país, a língua tramontana.