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quarta-feira, 24 de março de 2010

9 - Um Momento de Inspiração

Certa vez, à luz vespertina,
Se encontrava em meu quarto,
Minha figura manidestra,
Me veio à mente tua figura lisonjeira.

Ouvia meu bom Karajan,
Enquanto estudava uma maneira,
De enaltecer, engrandecer,
Tua majestosa sorte anglicanesa.

Sorte com sentido de teu nome,
Que dá vontade de enflamular,
Tornar bandeira tua alma forte,
Uma bandeira para meu coração ganhar.

Fico abandonado a meu destino,
Pensando em ti, e a mente vaga,
E divaga, passageira, um véu sortílego,
Para cobrir-lhe a face clara.

De alva tez e retina enluarada,
Pois sim, ela brilha e a mente sara,
Sara dos males do corpo e da alma,
E vai com saúde até tua cútis clara.

Então pensas que não mais divago!
Engana-se. Em ti, amiga, tanto penso,
Em ti, e por ti, tanto que sonho,
Que meu coração já não se acha vago.

E, em pensar, lembro da Sampa querida,
Com seus crimes, sociedade de ruínas,
Vida que já se encontra perdida.
Só se achará dentro de outras poesias.

E eis que surge, no meu vagar,
Tua imagem encantadora,
E já me pego a lembrar,
De teu rosto de não mais menina.

E eis que surge, devagar,
Em mente extasiada, sonhadora,
E já me pego a pensar,
Bolar poesias para tão leal amiga.

E se pensas, doce Flora, que me acarinha,
De longa, sórdida distância, no coração,
Posso ainda ter corpo que sempre se amorrinha,
Mas a mente minha já sonhou esplêndida oração!

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