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sábado, 20 de março de 2010

5 - O Sonho e o Mar

Eu tive um sonho,
Vou te contar:
Estava em um prédio,
À beira-mar.

E lá embaixo,
Um rio de forte correnteza,
Com teu leito em pedra,
Acompanhando toda corredeira.

Estava no 13º.,
Número do azar,
Apreciando de contentamento,
Todo o imenso mar.

De aparência lagueal,
Visto do 13º. andar,
Notava-se que o marginal,
Desaguáva no mar.

E, de quando em quando,
Dava vontade de nadar,
Mas por teu amor, no entanto,
Desisti de pular.

Este Camões, batendo os olhos em uma foto,
Reconheceu sua linda e esplendorosa Inês,
Então, fico pasmado, parado em própria inércia,
Apreciando a imagem de tua bela e alva tez.

Então, minha cara, não se quixe,
Sou poeta, nobre jogral,
E se quiser que tu me deixes,
Fugirei pelo marginal.

Não te esqueças de tal ode,
Foi feita à tua beleza,
A Inês gata é a minha mascote,
E pertence à Alta Realeza.

Caso esqueças do amor que te dei,
No sonho pro mar olhei,
No sonho ao mar pulei,
Na realidade teu amor esperei.

O rio das corredeiras,
O rio que deságua no mar,
Nos dá sensação de ser báratro,
Não dá nem vontade de olhar.

E para quê olharia o rio?
Pra ficar com lembranças
Do teu amor que se foi?
Eta, vida espelunca!

E então gentil donzela,
Queira lembrar do amor,
Que no passado te dei!
Se lembre: por ti, na vida fiquei!

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