De pensar morreu um burro,
E de sonhar, nasceu-me uma esperança,
Esperança que se fez nome,
Esperança que logo vem-me à memória.
De pensar morreu um burro,
E de lembrar da vida, voltei,
Voltei para a imaginação do sonho,
E em ti, dolce vita, novamente sonhei.
De pensar morreu um burro,
Falecendo de uma sorte desprezível,
Só não sei se foi de fome,
Ou se foi da chaga visível.
De pensar morreu um burro,
E pensando chegou a algum lugar,
Chegou cambaleando, já tonto de sono,
E de ferida a pata, trotando devagar.
De pensar morreu um burro,
Com inocência, eu pergunto:
Era seu o valente, nobre eqüino?
Morreu na labuta, eu presumo.
De pensar morreu um burro,
Mas, e daí? Quem, um dia, não irá?
No futuro, meu coração ainda dista,
E daí, por mim, você só sonhará.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário