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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Qual título pôr?

Atualizando o blog. Talvez meus caros leitores estranhem o título ou até mesmo o motivo dele ser uma pergunta. Calma, eu explico. Ocorreu tanta coisa nesse tempo que fiquei sem escrever, tanta coisa me chamou a atenção, me deu vontade de responder com uma postagem aqui no blog, de modo que fiquei confuso, sem saber que título colocar na postagem. Bom, como diria o esquartejador, vamos por partes. Não sei se todos os meus leitores sabem disso mas desde a mais tenra infância que sou um grande apaixonado por contos, livros e filmes de terror. Criança mesmo, me lembro até hoje que aos 5 anos já lia Tales from the Crypt, um gibi de terror que existe nos Estados Unidos e que meu genitor costumava importar, sabendo que tinha um filho apreciador dessas coisas em casa. Mais ou menos nessa época assisti ao filme Carrie, baseado em uma novela de terror do Stephen King, o mesmo autor de Cristhine e O Iluminado, entre outros sucessos. Ainda me lembro do susto que o filho da puta do meu genitor me deu, grudando a mão no meu calcanhar enquanto assistíamos a cena final de Carrie (a cena da mão de uma Carrie carbonizada pegando no braço de sua amiga, no sonho da amiga, para quem não se lembra). Não sei se o gibi que citei ainda existe ou, se existe, se ainda existe no mercado brasileiro gente que o importa; na minha época pelo menos existia. Já tem algumas semanas que ando lendo na internet alguns contos do gênero e pensei: Porque não me inicio nos contos de terror? Não que eu nunca tenha escrito nada na vida, ao contrário, já ganhei prêmios literários, tenho diversos contos, estórias, livros inteiros elogiados por quase a totalidade das pessoas que as leêm, mas eu tenho de admitir, existem gêneros literários nos quais só me aventurei como leitor, nunca como autor. Pensei em reunir o útil ao agradável, quer dizer, aproveitar que tenho um talento nato para escrever e que gosto do gênero em questão, e desenvolver minha criatividade nesse campo. Encontrei por meio de um instrumento que costumo apelidar de "fuçômetro" (não se assustem com o termo, é apenas minha curiosidade procurando as coisas que me dão prazer na internet) um site denominado Letras de Sangue. O citado é inteiramente dedicado ao gênero de que estamos falando, sendo que se direciona também ao suspense, não só ao terror. Pensei então em me inscrever no site e começar a mandar brasa nos contos. Ah, sim, já estava me esquecendo: Contos de suspense eu tenho escrito, ou melhor, os que escrevi são contos policiais baseados nos contos de Poe que lia, mas que envolvem elementos de suspense; é só no gênero do terror que sou ainda 100% virgem (ô trocadilho infame que fiz agora). Acho que estou autorizado a pedir que aguardem surpresas minhas na área, não? Mudando de assunto mas continua no âmbito da internet: Essa semana que passou, meio atribulada, corrida pra mim, ainda não tive tempo de escrever uma crítica a esse sujeitinho (desculpem, não sei quem é) totalmente sem noção. Imagino que não seja surpresa aos leitores o caso recente de uma turista paulista em viagem ao Recife ter sido violentamente mordida na perna por um tubarão, tendo que amputar o que restou da perna devido a gravidade dos ferimentos mas não resistiu e morreu, salvo engano, ainda antes de receber alta do hospital. Pois bem, ouvi falar disso mas ainda não havia assistido ao vídeo do ataque em questão. Recorri ao Youtube e não tardou para encontrar o vídeo. Assisti ao vídeo. Mas aí você me questiona: "'Sem noção' é a turista, não, Jonathan?" Calma que eu chego lá. Sempre fui muito curioso, gosto de saber a opinião das pessoas sobre um determinado tema. Desci um pouco para ler os comentários postados no vídeo em questão. Um comentário me chamou a atenção: Um idiota qualquer teve a brilhante ideia de colocar a culpa do ataque no governo (ele não especificou se falava do governo de Recife, do de Pernambuco ou do Brasil). Aí EU é que pergunto: Ô seu sem-noção, jumento filho duma égua, você tem noção da enorme covardia que você aprontou? Puta que pariu, tem gente que não deveria mesmo ter nascido, caralho, vá tomar no cu! Sou eco-chato, defensor dos animais, admiro muito que as pessoas tenham uma ideia romanceada da defesa dos animais e das plantas mas sejamos francos, a natureza não é essa coisa romântica que muitos colegas eco-chatos pintam, ela não é nenhum mar de rosas, nenhum conto de fadas. A natureza em si é violenta, agressiva, atroz, fatal. Podem perguntar pra qualquer biólogo. Em sendo assim, em a natureza sendo fatal, é natural que alguns fenômenos naturais, e os ataques de tubarão se encaixam nessa categoria, terminem em morte. Eu diria que é compreensível (não, eu não disse agradável, não é agradável, pelo contrário, é desagradável pra cacete; eu disse que é compreensível, é diferente) que acabem em morte, se não em todos, ao menos em alguns casos. Devido aos sentimentos do ser humano com relação à natureza, é natural que a natureza influencie a ciência, fazendo assim com que a ciência busque estudar, conhecer a natureza, bem como é natural que a natureza influencie a política, fazendo com que a política crie legislações protetivas, tanto para a natureza, protegendo o meio ambiente da destruição que causamos nele, quanto proteger a nós da natureza, como as ações que o governo do Recife faz no caso desses ataques. As praias do Recife onde os ataques costumam ocorrer são repletas de avisos, fora que desde que eles começaram que em todas as escolas, locais de trabalho e corporações da cidade ocorrem periodicamente cursos com profissionais capacitados ensinando a população a se prevenir, se precaver dos ataques de tubarões. Melhor prevenir do que remediar, do contrário, pode ser que ocorra uma fatalidade pois nem todo ataque resulta só em ferimentos, muitos resultam em morte, o que foi o caso dessa turista. A vontade que eu tenho é de chegar junto no carinha que jogou a culpa pela fatalidade no governo e perguntar pra ele em qual teoria da conspiração ele está trabalhando no momento, ou então se ele andou misturando cachaço com tabaco, maconha, cocaína, heroína e crack. Não é possível que uma pessoa em sã consciência ache que a ciência ou a política interfiram na natureza, a manipulem. Me atrevo a dizer que não é mentalmente saudável imaginar que a culpa por uma fatalidade oriunda de um fenômeno natural (lembrando de novo que ataques de tubarão são fenômenos naturais) ocorra por culpa da ciência ou da política (governo), clinicamente falando. Pro ilustre desconhecido que julgou que isso, a morte da turista em decorrência do ataque de tubarão, é culpa do governo, sugiro uma boa análise psiquiatra. Terceiro assunto do qual quero falar, este sim tem a mãozinha do governo, no caso, o federal. Em um período que não chegou a 24 horas mas que demandou praticamente um ano inteiro de discussões e debates entre políticos e o CRM, nosso governo autorizou a diminuição da idade para tratamento hormonal para transsexuais, de 18 para 16 anos. E logo em seguida desautorizou. Que negócio é esse? Discutiram o assunto o ano inteiro, tomaram uma decisão e depois voltam atrás? Governo federal, permite-me que lhe pergunte o motivo dessa covardia? É, porque eu sou militante há décadas pela despatologização da identidade de gênero (transexualidade) , praticamente desde que descobri que um dos meus amiguinhos de infância era na verdade uma menina presa no corpo de um menino, e não concordo nem um pouco com essa medida que você tomou, a de autorizar mas em menos de 24 horas voltar atrás. Estava tudo indo tão bem. Que covardia foi essa, Alexandre Padilha, Dilma Rousseff e demais membros do governo brasileiro? Aliás, governo não, desgoverno. Isso me cheira a dedos de fundamentalistas religiosos metendo o bedelho em áreas que não lhe dizem respeito. E não adianta aos mesmos fundamentalistas religiosos infiltrarem seus pares homotransfóbicos no CFM pois eu não sou idiota nem tampouco analfabeto ou de memória curta como a maioria esmagadora dos brasileiros. Pra começo de conversa, minha memória é fotográfica. Praticamente desde que me tornei pré-adolescente , quando o principal exemplo da comunidade trans que tínhamos no Brasil era a Roberta Close, que faço questão de acompanhar via jornais toda a discussão sobre o tema. Desde essa época que leio nos jornais, ouço nos rádiojornais e assisto nos telejornais médicos do planeta inteiro creditando que a idade ideal para o tratamento hormonal, em casos de transsexualidade, deveria se iniciar por volta dos 12 anos, e que eles, os médicos, só não o faziam cada qual em seu país por questões políticas, já que na maioria dos países tal tratamento é proibido para menores de 18. Só recentemente é que os países europeus, ditos de Primeiro Mundo (sinceramente? Nunca entendi direito esse separação: Primeiro, Segundo, Terceiro Mundo e o escambau), começaram a aprovar tal tratamento para menores de 18, a maioria deles podendo começar com os 12 anos que a classe médica mundial acha mais conveniente e apropriado, desde que com a devida autorização dos responsáveis pelo menor e que tenham sido já cumpridas as metas tradicionais, incluindo-se aí o período de carência (2 anos, se não me engano), além do completo acompanhamento de profissionais (acompanhamento este que é multidisciplinar, envolvendo psicólogo, psiquiatra, endocrinologista, metabologista, andrologista, urologista e ginecologista, apenas para citar alguns profissionais de que me lembro agora). Então governo brasileiro, que covardia é essa de voltar atrás, uma vez que seu projeto contemplaria apenas maiores de 16 (que já passaram e muito da idade de iniciar tal tratamento, segundo a própria classe médica)? Acham mesmo que irei cair nesse papinho furado de que "o CFM interveio e pediu para rever o projeto"? Conversa! Sei bem quais figuras intervieram: Sacerdotes fundamentalistas nazi-evangélicos que infestam esse congresso de bosta que temos em Brasília! Esses foram os interventores que pediram para "rever" o projeto, os populares tomadores de conta do furico alheio. Desculpem os termos chulos, mas um governo que SE DIZ LAICO mas permite que fundamentalistas religiosos se infiltrem em suas políticas públicas de direitos humanos não merece meu respeito, merece é o meu desprezo. Outro assunto, este talvez mais grave devido à covardia que encerra: Recentemente um adolescente de 16 anos foi torturado, espancado e ameaçado de morte pelo próprio pai, apenas por... ser gay!!! Ô seu covardão, você mesmo que espancou seu filho: Porque você não vem aqui pra Martinópolis me pegar, amarrar em meu calcanhar essa porra dessa cordinha mixurica e não tenta jogar a mim pra fora do veículo pra me puxar de carro pela corda? Hein, seu filho da puta? Faz isso com seu próprio filho que não tem meios de se defender de sua brutalidade. Covarde, é isso que você é! Nojento energúmeno! Segue o link da notícia pros leitores saberem do que estou falando. http://www.hojemais.com.br/andradina/noticia/policia/menor-pode-ter-sido-torturado-pelo-pai-por-ser-homosexual Pra finalizar, um outro assunto, dessa vez, sobre preconceito religioso e racismo. Uma afro-descendente, não sei direito se mãe-de-santo ou filha-de-santo, costumo confundir a nomenclatura das religiões de matriz africana, - ignorância minha sobre o tema - foi desrespeitada em uma unidade hospitalar. Acho que o caso se deu na Bahia, não sei direito em qual cidade. Também foi uma reportagem online que encontrei na internet, pelo "fuçômetro". A umbandista ou candombleísta ou quimbandista, não sei direito, precisou de uma consulta médica mas, ao perguntar pelo médico no hospital, uma atendente teria sido ríspida com ela. Não contente, a ofendida procurou a intendência do hospital. Ainda teve tempo de ouvir da atendente que havia sido ríspida um comentário a outra pessoa: "Eu conheço ela, essa preta, macumbeira. Veio fazer macumba pro doutor hoje?" Algo mais ou menos por aí. Depois verei se encontro de novo o link da notícia para checar se estou falando alguma besteira sobre o assunto. Ao encontrar o responsável pela intendência do hospital, teria ouvido deste: "Saia daqui e não volte. E quando precisar de médico de novo, não procure este hospital!" Porra, pra quê essa covardia toda? Olha o dedinho de evangélicos fundamentalistas aí de novo. Tá na cara que esses destratores da senhora em questão são evangélicos. Pra eles, todos os que não são de sua igrejinha furreca que já deveria ter perdido espaço por ser irracional por demais é demoníaco. Ainda me lembro de uma história que ouvi de um ex-cunhado, sobre uma família evangélica que tinha uma filha epilética aqui na minha cidade. Ele contava que a menina caiu durante um culto e começou a convulsionar. O pastor logo tomou a dianteira, afirmando que as crises convulsivas eram obra do demônio e que iria exorcizar a menina. Os pais riram e afirmaram que era apenas uma crise de convulsão passageira, e a mãe sempre levava dentro da bolsa o diagnóstico do médico quando ia na Igreja, pois já sabia como os pastores costumam ser fanáticos. O que ela não pensava era que os fiéis poderiam ser tão fanáticos quanto. Quando ela ia pegar os exames da menina na bolsa, juntou aquele monte de gente para segurá-la e a seu marido, de modo que ficaram impossibilitados de reagir durante o "exorcismo" da filha. O exorcismo? Não passou de uma seção de socos e pontapés na cabeça da menina, mesma inconsciente, sem demonstrar reação. A menina? Se Deus existir, - e eu sou ateu, não creio que Deus exista - garanto que ela está em um lugar bem melhor do que estaria se estivesse viva. Morreu dentro da Igreja, ainda com o pastor a agredindo a socos e pontapés, vítima de um severo e irreversível quadro de traumatismo craniano, e antes que sua mãe pudesse se movimentar o suficiente para alcançar o documento com o diagnóstico médico que trazia na bolsa...

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